Publicado originalmente em inglês em 17/03/2021
- Resultados do 3T21 fiscal serão divulgados na quinta-feira, 18 de março, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$ 11,03 bilhões;
- Expectativa de lucro por ação: US$ 0,76.
Quando a Nike (NYSE:NKE) (SA:NIKE34), maior empresa de vestuário esportivo do mundo, divulgar seu balanço amanhã, os investidores vão querer saber se a recuperação nas vendas iniciada no terceiro trimestre do ano passado ainda tem força.
A fabricante dos tênis Air Jordan e Air Force 1 se beneficiou imensamente da mudança dos clientes para sua plataforma de comércio eletrônico durante a pandemia, quando suas lojas físicas tiveram que ser fechadas. As vendas digitais dispararam quase 80% nos últimos três trimestres, impulsionando as vendas totais e as margens de lucro.
Mas esse avanço do site e dos aplicativos móveis da Nike não ocorreu só porque as pessoas começaram a comprar pela internet. Antes mesmo da pandemia, a companhia já vinha investindo pesado para expandir sua presença online para depender menos das operações físicas.
Em 2019, a empresa reduziu o número de lojas de atacado autorizadas a vender seus produtos e se afastou da Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34). Além disso, tem investido em aplicativos de compras, venda de tênis e treinos guiados.
O sucesso dessa estratégia ajudou a reconquistar a confiança dos investidores rapidamente durante a pandemia, com suas ações recuperando-se do derretimento induzido pelo coronavírus. A empresa esportiva sediada em Beaverton, Oregon, valorizou-se cerca de 40% em 2020, superando o S&P 500, que subiu 18% no mesmo período.
O ritmo desses ganhos, entretanto, desacelerou neste ano, indicando que os investidores estão achando que os papéis da Nike estão um pouco caros após o rali do ano passado.
Ampliando participação de mercado
As ações da Nike fecharam ontem a US$ 144,65, ou seja, uma alta de apenas 2% no acumulado do ano. A minguada reação em 2021 pode ter a ver com o índice P/L prospectivo da Nike, que é de 37, em comparação com a média do ano de 29,37.
Apesar dessas preocupações, continuamos acreditando que a Nike está em excelente posição para expandir sua participação de mercado, assim que a reviravolta no varejo causada pela pandemia começar a se resolver.
Muitos analistas continuam otimistas com as ações da Nike e veem mais ganhos pela frente.
Kimberly Greenberger, do Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34), elevou seu preço-alvo de US$ 152 para 165 em dezembro, dizendo que a Nike é uma das principais empresas de vestuário e calçados esportivos, com um modelo de negócios, mercado total endereçável e perfil de margem mais bem posicionados assim que a pandemia acabar.
“Embora esperemos dificuldades de curto prazo por causa da Covid-19 durante o restante do ano fiscal de 2021 da NKE (que termina em 21 de março), enfatizamos seu compromisso com a estratégia de Aceleração Direta do Consumidor, que solidificará ainda mais nossa crença em sua expansão de receita e margem no longo prazo”.
Resumo
Após o poderoso rali do ano passado, muitos investidores fizeram uma pausa e ficaram esperando de fora para ver como seria este ano para a gigante do vestuário esportivo. Acreditamos que a Nike terá mais um forte trimestre e pode elevar sua projeção para o ano fiscal de 2021, em vista da acentuada recuperação econômica que está ocorrendo nos EUA e China.
Esses fatores, em nossa visão, fazem da Nike uma excelente ação para um portfólio de longo prazo.