Escolha o caminho menos arriscado.
É engraçado como a maioria das pessoas imagina a bolsa de valores como sendo um local arriscado.
Aproximadamente 58% dos brasileiros não possuem nenhum investimento financeiro sequer. E se contabilizarmos aqueles que investem diretamente na bolsa de valores vemos um número ínfimo: menos de 0,4% da população brasileira.
Se questionarmos por que não investem no mercado de capitais, obteremos inúmeras respostas, que irão variar entre “é muito arriscado investir na bolsa” e “a bolsa só dá dinheiro para quem tem dinheiro”.
Eu imagino existe uma visão equivocada, pois a imagem que é difundida sobre o que são ações não é a ideal.
Por existirem histórias de pessoas que perderam e ganharam dinheiro com ações rapidamente, as pessoas acabam enxergando-as como figurinhas com o nome de empresas, que tem seu preço variando com o tempo, e que podem ser compradas e vendidas.
Só que ações são pedaços de empresas. Ao comprar participações acionárias, o investidor se torna dono de uma empresa, mesmo que em pequena porcentagem.
Vira dono de uma operação que tem funcionários, maquinário, imóveis e que gera lucro.
Não entendo como as pessoas se sentem perfeitamente seguras tendo apenas uma fonte de renda, e ao mesmo tempo acreditam que é arriscado ter várias.
Se você possui apenas um empreendimento, toda a sua renda irá variar de acordo com as peculiaridades de seu negócio.
Um dono de uma pizzaria, por exemplo, tem todas as suas fichas apostadas no segmento de alimentos.
Caso ele não tenha o hábito de manter suas reservas em ações ou fundos imobiliários, sua receita irá variar exclusivamente de acordo com a competitividade e eficiência de seu empreendimento.
Agora, uma pessoa que busca poupar dinheiro ao longo do tempo, para adquirir participações em empresas diferentes, diversifica seus riscos.
Porém, para que os frutos de investir em empresas sejam colhidos, é imprescindível que os investimentos sejam feitos com foco no longo prazo.
O mercado tem dias de alta e dias de baixa, mas quando analisamos o resultado em um grande período de tempo, ele é positivo.
Fonte: A Wealth of Common Sense
Como podemos ver de 1926 até 2018, em 54% dos dias o mercado subiu e em 46% dos dias ele caiu. Quando aumentamos o espectro e dividimos em trimestres, 69% deles foram positivos e 31% negativos.
E assim vai. Quanto maior o espectro analisado, menor a incidência de performance negativa, até que vemos que quando o prazo é longo o suficiente, as perdas desaparecem.
Conclusão? No curto prazo é arriscado investir na bolsa. Mas no longo prazo arriscado é não investir.
Tudo que um investidor teria que fazer seria indexar seus investimentos de forma passiva, e seus retornos seriam expressivos.
Fonte: A Wealth of Common Sense
Se analisarmos os últimos 30 anos, somente comprando o índice de mercados emergentes MSCI (do qual o Brasil faz parte) ou o S&P 500 (índice das 500 maiores empresas dos Estados unidos) com foco no longo prazo, os resultados seriam extremamente satisfatórios – 11% ao ano nos mercados emergentes e 10,2% ao ano no S&P 500.
É como Warren Buffett diz há muitos anos.
"O mercado caiu várias vezes (entre 1942 e hoje), e as pessoas entraram em pânico. Mas a América é uma poderosa máquina econômica que, desde 1776, funcionou e continuará funcionando.”
Ele crê na economia, e afirma que independente da “montanha russa” do mercado acionário, ele irá crescer no longo prazo.
Se você acredita na evolução da humanidade como um todo, deve se expor à geração de valor no mercado de capitais.