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Mercados Sucumbem Diante Temores Vindos da China e com Reunião do Fed Nesta Semana

Publicado 20.09.2021, 08:13
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Ásia

Em meio à feriados em vários países asiáticos, o índice Hang Seng de Hong Kong liderou as baixas regionais nas negociações de segunda-feira.

O índice Hang Seng caiu 3,3%, fechando em 23.099,14 pontos, com as ações do empreendedor imobiliário China Evergrande Group (HK:3333) continuando a despencar, a medida que os vencimentos dos títulos se aproxima da quinta-feira, com um potencial contágio mais amplo no setor. Desta vez fecharam em queda de 10,24%, após ter caído 17% inicialmente. O índice Hang Seng Properties caiu para a mínima de 52 semanas, recuando 6,69% ​​no dia. As ações das seguradoras listadas na cidade também recuaram. AIA caiu 4,94% enquanto a Ping An Insurance caiu 5,78%.

O "selloff" tem sido alimentado pela desaceleração do crescimento das vendas de imóveis e a política de aperto por parte de Pequim sobre o setor, que não mostrou nenhum sinal de resiliência. O agravamento das condições de liquidez do Evergrande e de outros desenvolvedores que tomaram empréstimos pesados levaram a rebaixamentos por empresas de rating. O grupo Evergrande, que é o maior emissor de títulos de podres da China, disse na semana passada que havia contratado consultores financeiros, aproximando-se de uma potencial reestruturação de suas dívidas. O Evergrande vem se esforçando para angariar fundos para pagar seus credores, fornecedores e investidores, com reguladores alertando que seus $US 305 bilhões de passivos poderiam gerar riscos mais amplos para o sistema financeiro do país se não for estabilizado. Um dos principais credores do Evergrande fez provisões por perdas em uma parte de seus empréstimos para o grupo problemático, enquanto alguns credores planejam dar-lhe mais tempo para pagar, disseram quatro executivos do setor bancário à Reuters. A incorporadora disse no domingo que começou a pagar parte de suas dívidas com imóveis. Evergrande deve $US 83,5 milhões de juros, com vencimento em 23 de setembro para seu título de março de 2022 e tem mais $US 47,5 milhões de pagamentos de juros com vencimento em 29 de setembro para os títulos de março de 2024. Ambos os títulos ficariam inadimplentes se o Evergrande não quitar os juros no prazo de 30 dias após as datas de seus respectivos vencimentos. Segundo analistas, em qualquer cenário de inadimplência, Evergrande precisará reestruturar os títulos, mas analistas esperam um baixo índice de recuperação para os investidores.

Os esforços do banco central chinês de bombear 190 bilhões de yuans (US$ 29,38 bilhões) nos mercados na sexta-feira e sábado através de operações reversas para acalmar o nervosismo do mercado parecem ter sido pouco para deter a crise nos mercados.

O S & P / ASX 200 na Austrália caiu 2,1% no dia para 7.248,20 pontos, à medida que as maiores mineradoras do país lutavam contra as previsões de que uma nova desaceleração na produção de aço na China deverá colocar ainda mais pressão sobre os preços do minério de ferro nos próximos dois anos. A BHP (ASX:BHP) (NYSE:BHP) terminou a sessão 4,2% menor, em US$ 37,53, enquanto a Fortescue Metals Group (ASX:FMG) ampliou suas perdas de sexta-feira para terminar em baixa de 3,7%, para US$ 14,70 e a Rio Tinto (LON:RIO) (NYSE:RIO) fechou em queda de 3,6% para US$ 95,24. Analistas do UBS dizem que estão prestando muita atenção aos "insights" de sua equipe do setor imobiliário na China, que rebaixou as expectativas para novos imóveis em 2021 e 2022. Um mercado de construção abrandando significa mais corte na demanda de aço, mas analistas de ações do UBS acreditam que o mercado de minério de ferro estará em superávit até o segundo semestre deste ano. "Esperamos que o preço fique abaixo US $ 100/t até o final de 2021 e US $ 89/t em 2022". As empresas de petróleo também sucumbiram. Oil Search (ASX:OSH) caiu 2,9%, Santos perdeu 3,1% e Woodside Petroleum recuou 2,3%.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 1,6%.

Os mercados da China continental, Japão e Coreia do Sul fecharam na segunda-feira por conta de feriados.

Cingapura relatou mais de 1.000 casos de Covid por dois dias consecutivos no fim de semana. É a primeira vez que as infecções ultrapassaram esse nível desde abril de 2020, no auge da pandemia. O país do sudeste asiático confirmou 1.009 novas infecções no sábado e 1.012 novos casos no domingo, segundo dados do ministério da saúde. Esse é o número mais alto desde 23 de abril do ano passado. Naquela época, a maioria dos casos de Cingapura foram detectados em dormitórios de trabalhadores migrantes. As infecções atingiram um recorde de 1.426 em 20 de abril de 2020. As autoridades não implementaram novas restrições nas últimas semanas, contrastando com a estratégia anterior do governo, em que as medidas foram reforçadas com casos na casa dos dois dígitos, mas as autoridades governamentais já haviam avisado que os casos da Covid ultrapassariam os 1.000 enquanto o país busca conviver com o vírus.



Europa

As bolsas europeias caem na segunda-feira, com os investidores globais lidando com as preocupações em torno da construtora Evergrande Group da China e com o cronograma de redução do Federal Reserve dos EUA.

O índice pan-europeu Stoxx 600 cai mais de 2%, com ações de recursos básicos e os bancos liderando as perdas.

O alemão DAX 30 cai 2,23%, o francês CAC 40 recua 2,13%, enquanto o IBEX 35 da Espanha e o FTSE MIB da Itália perdem 1,82% e 2,29%, respectivamente.

Em Londres, o FTSE 100 cai 1,59%. A contínua queda nos futuros de minério de ferro pesa sobre as mineradoras listadas na LSE. Anglo American (LON:AAL) despenca 8,5%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 5%, enquanto as gigantes BHP (LON:BHPB) e Rio Tinto (LON:RIO) tombam 4,7% e 5,2%, respectivamente. As produtoras de petróleo BP (LON:BP) e Royal Dutch Shell (AS:RDSa)(NYSE:RDSa) recuam 1,5% e 2,1%, respectivamente.

Os Estados Unidos e o Reino Unido procuram aliviar as tensões com a França após um acordo com a Austrália, depois que Paris descreveu o acordo como uma ”facada nas costas”. O presidente dos EUA, Joe Biden, solicitou um contato telefônico com o presidente francês Emmanuel Macron no domingo. Um porta-voz da presidência francesa disse nesta segunda-feira que a conversa acontecerá nos próximos dias e que Macron deseja obter alguns “esclarecimentos”. Enquanto isso, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse na segunda-feira que está “muito orgulhoso” da relação de seu país com a França e que “nosso amor pela França é inabalável”. Na semana passada, a Austrália divulgou estava cancelando um contrato para construção de submarino com a França e estava comprando a nova tecnologia dos Estados Unidos, em cooperação com o Reino Unido. O ministro das relações exteriores da França, Jean Yves Le Drian, disse: "Não está tudo bem entre nós, não está nada bem. Isso significa que há uma crise".

O novo arranjo fará com que a Austrália adquira submarinos com propulsão nuclear em vez dos convencionais, no que alguns especialistas descrevem como uma tentativa dos Estados Unidos de intensificar sua posição contra a China na região do Índico-Pacífico. Pequim criticou fortemente o acordo entre os EUA, o Reino Unido e a Austrália, conhecido como AUKUS, chamando-o de “extremamente irresponsável”.



EUA

Os futuros dos índices de ações dos EUA ampliam as perdas nas negociações matinais de segunda-feira, depois que o Dow Jones Industrial Average registrou a terceira semana consecutiva de perdas pela primeira vez desde setembro de 2020.

O movimento de queda nos futuros ocorre em um momento em que as ações de Hong Kong registraram pesadas perdas durante o pregão asiático.

As ações vem recuando em setembro, um mês sazonalmente fraco para o mercado. O índice Dow Jones encerrou a sessão regular de sexta-feira com perdas de 166,44 pontos, ou baixa de 0,48%, para 34.584,88 pontos, registrando sua série de perdas semanais mais longa desde as quatro semanas finalizadas em 25 de setembro de 2020, de acordo com dados do Dow Jones Market Data. O S&P 500 caiu 0,9% para 4.432,99 pontos e o Nasdaq Composite também perdeu 0,91% e fechou em 15.043,97 pontos. Ambas registraram a segunda semana consecutiva de perdas, de acordo com a FactSet. Todos os três principais índices estão negativos no mês, aproximadamente 3% abaixo de suas máximas históricas.

O S&P 500 registrou seu maior volume de negócios na sexta-feira desde 19 de julho, mais do que dobrando seu volume médio de 30 dias. A sexta-feira coincidiu com o vencimento das opções de ações, opções de índice, futuros de ações e futuros de índices, um evento trimestral conhecido como “quadruple witching”.

A tão esperada reunião de setembro do Federal Reserve está marcada para acontecer nos dias 21 e 22 de setembro. O presidente do Fed, Jerome Powell, dará uma entrevista coletiva na quarta-feira, após o fim da reunião de dois dias. Os investidores aguardam "insights" sobre a redução do Fed em suas políticas monetárias. A postura política ultra-facilitada do Banco Central, posta em prática há mais de um ano para ajudar a economia a lidar com a pandemia, parece insustentável por conta dos picos de inflação. A economia vem emitindo sinais mistos, em meio a casos crescentes de coronavírus devido à variante delta.

Analistas também discutem a incapacidade, até agora, de o Congresso aumentar o teto da dívida.

Na agenda econômica, às 11h00 o NAHB divulga o seu Housing Market Index (venda de imóveis e a expectativa para novas construções no mercado imobiliário americano);



Índices futuros - 7h30


Dow Jones Futuros: -1,54%
S&P 500 Futuros: -1,30%
Nasdaq 100 Futuros: -0,96%



Commodities

MinFe Dailan: -6,95%
Brent: -1,68%
Petróleo WTI: -2,03%
Soja: 1,04%
Ouro: +0,47%
Bitcoin: -5,99%

Observação: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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