ÁSIA: Mercados da Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira, sustentados por resultados eleitorais no Japão e Austrália, ignorando o forte relatório de emprego dos EUA de junho. Analistas acreditam que apesar das evidências de que o crescimento dos EUA esteja se recuperando de forma sustentável e que os riscos globais, pós Brexit, estejam se estabilizando, ainda assim não são razões suficientes para o Federal Reserve elevar os juros, que ainda espera uma melhora nos rendimentos dos salários.
Nikkei do Japão fechou em alta de 3,98%, a 15,708.82 pontos, liderando a alta regional, enquanto o Topix subiu 3,79%. Esses ganhos vieram com o iene relativamente enfraquecido em relação ao dólar, negociado a 101,88 em comparação com 100,42 ienes da manhã. A coalizão governista do primeiro-ministro Shinzo Abe, liderada pelo seu Partido Democrático Liberal, venceu as eleições do parlamento superior no domingo, o que deve facilitar a execução do seu programa de desenvolvimento econômico apelidado de "Abenomics". Espera-se um programa de estímulo econômico em grande escala, na magnitude de pelo menos 10 trilhões de ienes (2% do PIB), a fim de reativar o Abenomics. Entre outras medidas no pacote, incluem-se políticas para reduzir as desigualdades econômicas entre os cidadãos e regiões do Japão.
O Hang Seng de Hong Kong subiu 1,46% e no continente, o Shanghai Composite adicionou 0,27%, em 2,996.04 pontos. As ações chinesas avançaram, liderados por materiais e ações de bens de consumo, apesar do yuan ficar perto de uma baixa de cinco anos e meio na quinta-feira passada contra o dólar americano. É um contraste com agosto do ano passado, quando as bolsas em todo o mundo mergulharam depois que as autoridades chinesas enfraqueceram o yuan e afirmou que fazia parte dos esforços do governo para permitir que as forças do mercado determinassem o valor da moeda. Os investidores chineses também ignoraram a divulgação de dados mais baixos do que o esperado da inflação ao consumidor de junho no domingo, mostrando um aumento de 1,9% ante o ano anterior, em comparação com o aumento de 2,0% em maio, mas melhor que as expectativas de uma alta de 1,8% dos analistas de mercado.
Na Austrália, o ASX 200 fechou em alta de 2,04%, em 5,337.10 pontos, impulsionado por um ganho de 2,47% no subíndice financeiro que representa quase metade do índice local. Destaque para a alta de 3,46% da ANZ. O dólar australiano foi negociado a US$ 0,7547, ante a alta anterior de US$ 0,7575. No domingo, o primeiro-ministro da Austrália Malcolm Turnbull declarou que sua coalizão governista ganhou a eleição no país, embora a contagem dos votos continue por mais de uma semana após o fechamento das urnas. Analistas acreditam que com os liberais voltando ao governo, do ponto de vista orçamental vai aliviar as preocupações de disputas políticas no país.
O ASX registrou seu melhor desempenho diário em mais de dois meses, com as mineradoras avançando com a melhora dos dados da China, que é um importante parceiro comercial e forte comprador de matérias primas australianas. BHP subiu 2,4% e Rio Tinto (LON:RIO) avançou 2,5%, enquanto Fortescue adicionou 5,4% e South32 saltou 6,9%. O setor da energia foi a exceção do dia, com o óleo recuando no comércio asiático, ficando perto das mínimas de dois meses devido consumo sazonalmente mais fraco, apesar dos comentários do ministro do petróleo da Arábia Saudita de que o mercado de petróleo está se equilibrando. Woodside subiu 0,6%, mas a Oil Search caiu 0,7%.
EUROPA: As bolsas europeias abriram em alta nesta segunda-feira, com os investidores aguardando mais estímulos monetários do Japão e animados com os dados de emprego positivos dos EUA, divulgados na sexta-feira.
O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,33% com todos os setores em território positivo. O melhor desempenho do índice é Banca Monte dei Paschi di Siena (BMPS) que dispara 8,8%, com expectativas de que o banco italiano venderá uma grande parte de seus empréstimos "non-performing" para o fundo de resgate bancário italiano, Atlante. Nesta segunda-feira, o ministro de Finanças francês Michel Sapin disse que as autoridades europeias devem mostrar solidariedade aos esforços da Itália em restaurar a confiança no setor bancário.
Thyssenkrupp sobe 4,8%, após a siderúrgica alemã confirmar no domingo que está em negociações com a indiana Tata Steel sobre uma possível joint venture. Em abril, a empresa com sede em Mumbai disse formalmente que planejava vender suas operações em dificuldades no Reino Unido, citando o excesso mundial de aço, custos elevados e dificuldades de financiamento e que em meio às incertezas em torno do Brexit, decidiram optar por alternativas mais sustentáveis.
No Reino Unido, o FTSE 100 sobe e segue para seu nível mais alto em 11 meses. O benchmark subiu 0,9% na sexta-feira após uma leitura mais forte do que o esperado dos dados de emprego nos EUA aliviando as preocupações sobre o crescimento econômico na maior economia do mundo. Segundo analistas, o FTSE continua a provar a sua capacidade de resistência pós-Brexit, impulsionado por multinacionais aparentemente animadas com a libra mais barata. Ações de empresas mineradoras sobem em Londres após a China divulgar no domingo que o índice de preços ao consumidor em junho ficou acima das expectativas dos analistas do Wall Street Journal de um aumento de 1,8%, apesar de ligeiramente menor do que a alta de 2% de maio. A leitura dá espaço ao banco central da China para aliviar sua política monetária. Ações de empresas mineradoras tendem a ser sensíveis à evolução da China cujo país é um importante comprador de metais industriais e preciosos. Glencore (LON:GLEN) sobe 4,90% e Anglo American (LON:AAL) avança 4,77%. A produtora de cobre Fresnillo (LON:FRES) dispara 5,72%. BHP Billiton sobe 1,6% e Rio Tinto sobe 2,4%.
EUA: Wall Street ganha forças, nesta segunda-feira, com o índice S&P 500 próximo de uma alta recorde após uma surpreendentemente relatório de emprego na semana passada alimentar uma onda de compra de ações. O apito inicial, para a temporada de resultados, soa após o fechamento do pregão desta segunda-feira, quando a produtora de alumínio Alcoa divulga seus resultados do segundo trimestre. Suas ações sobem 1,8% no pré-market.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
11h00 - Discurso da Presidente do FED de Kansas City Esther George, sobre a economia em Lake Ozark, Missouri;
11h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);
ÍNDICES MUNDIAIS- 7h20:
ÁSIA
Nikkei: +3,98%
Austrália: +2,04%
Xangai Composite: +0,27%
Hong Kong: +1,46%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +1,11%
London - FTSE: +0,54%
Paris - CAC: +0,70%
Madrid IBEX: +0,30%
FTSE MIB: -0,50%
COMMODITIES
BRENT: -1,13%
WTI: -1,30%
OURO: +0,28%
COBRE: +1,98%
SOJA: +1,06%
ALGODÃO: +0,85%
MILHO: +0,63%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,28%
SP500: +0,24%
NASDAQ: +0,40%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados.