Do início de 2016 até agosto de 2020, o ouro saiu de aproximadamente US$ 1050 a onça para US$ 2070 e, desde então, gravita em uma banda entre US$ 1700 e US$ 2000. O preço do ouro é extremamente sensível às variações da taxa de juros real americana. No entanto, manteve-se comportado, quando se considera a magnitude do movimento, tanto dos FED Funds quanto dos outros ativos relacionados aos problemas geopolíticos, como o petróleo.
No passado, o ouro se beneficiou do fato de que só existia uma única moeda de reserva crível (o US$). Todos os bancos centrais com preocupação de diversificação usam o ouro como proteção caso algum evento negativo aconteça com os Estados Unidos. O euro é uma alternativa, mas ainda sofre, por conta das características estruturais da economia europeia.
Os recentes acontecimentos em Gaza deram impulso considerável ao preço do ouro e da prata. O preço do ouro subiu aproximadamente 6,80%. Em contraste, o S&P500 (futuro) subiu apenas 1%, numa versão cautelosa do “buy on the cannons, sell on the trumpets”.
Como lembrado uma vez: “o fato de que o ouro é por natureza um ativo de fluxo de caixa negativo provavelmente provavelmente ajuda a explicar porque o ouro sempre performou mal quando a curva de rendimentos está plana ou invertida."
Na verdade, o ouro é um ativo que se quer ter em caso de guerras e conflitos demorados e que envolvam muitos atores. No entanto, é preciso uma gestão dinâmica com a ajuda de modelos quantitativos, que seja capaz de diminuir os custos de carregamento de longo prazo.