A Apple Inc (NASDAQ:AAPL) (NASDAQ:AAPL) está no grupo bastante restrito de empresas de tecnologia que provaram que os analistas estavam errados neste ano. Graças às projeções de melhores vendas, suas ações dispararam até agora 50%, superando em muito outros grandes nomes, como Google (NASDAQ:GOOGL) (NASDAQ:GOOGL) e Amazon (NASDAQ:AMZN) (NASDAQ:AMZN).
Mas esse forte rali, que começou em agosto, enfrentará seu primeiro grande teste hoje, quando a fabricante dos populares iPhones divulgar seus resultados para o quarto trimestre fiscal de 2019.
A previsão consensual de receita mostra que a maioria dos analistas corrigiu rapidamente sua visão sobre a Apple (NASDAQ:AAPL) que, por algum tempo, parecia enfrentar uma situação adversa, prejudicada pela maturação dos seus negócios de iPhones, enquanto os usuários mantinham seus aparelhos mais antigos e os modelos mais caros não conseguiam ganhar tração. Os iPhones respondem por 50% das vendas totais da companhia.
Mudança de jogo com o iPhone 11
Mas o pessimismo com a Apple (NASDAQ:AAPL) – baseado na crença de que a companhia está perdendo rapidamente participação de mercado – não parece verossímil após o sucesso do lançamento do iPhone 11 no mês passado. As estimativas consensuais em Wall Street para entregas de iPhones no ano fiscal corrente da Apple aumentaram em 3 milhões de unidades, corroborando a forte recepção que os novos modelos receberam desde que começaram a ser vendidos no dia 20 de setembro, de acordo com a FactSet.
Além do iPhone, há outros fatores positivos que também ajudaram a eliminar parte da incerteza que rondava as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) no início deste ano. Os EUA e a China, por exemplo, progrediram bastante na resolução da sua disputa comercial e devem assinar a primeira fase do seu pacto no mês que vem. A Apple tem uma enorme participação no país asiático, onde mantém uma vasta rede de fornecedores. A companhia também vende um grande número de celulares a consumidores na China, nação mais populosa do mundo.
Outro catalisador que aumenta esse otimismo é o sucesso do CEO, Tim Cook, em gerar um volume considerável de receita a partir de outros produtos além dos iPhones. As vendas do segmento de Wearables, Home e Accessories da Apple (NASDAQ:AAPL) cresceu 48%, para mais de US$ 5,5 bilhões no segundo trimestre, mostrando que esses produtos estão rapidamente recuperando o espaço deixado pela desaceleração da demanda pelos iPhones.
Outro fator que aumentará a demanda por novos hardwares é a implementação dos telefones de quinta geração, ou 5G, da Apple (NASDAQ:AAPL) em 2020. As estimativas de Wall Street para o impacto dos iPhones 5G na empresa são muito conservadoras, de acordo com Kyle McNealy, analista da Jefferies.
Impulsionadas por esse contexto favorável, os papéis da Apple (NASDAQ:AAPL) atingiram a máxima histórica de US$ 249,05 na segunda-feira. Negociados a US$ 243,29 no fechamento de terça-feira, suas ações subiram mais de 70% desde a mínima de janeiro, fazendo com que a avaliação de mercado da companhia voltasse a superar um trilhão de dólares.
Conclusão
A recente disparada da Apple (NASDAQ:AAPL) é consistente com a nossa visão altista para a ação e se baseia em melhorias concretas em seus fundamentos. Além disso, o enorme programa de recompra de ações da empresa e seus dividendos crescentes, que agora rendem 1,25%, fazem com que o papel seja mais atraente para investidores de longo prazo. O balanço de hoje pode muito bem solidificar esse rali.