Depois do frenesi das últimas semanas em torno da alta do Bitcoin, na semana passada tivemos uma série de ações americanas (e criptos) valorizando acima de 100% em poucos dias.
A pergunta que mais recebi em janeiro nas minhas redes sociais foi: “O Bitcoin está caro? Será que ainda da tempo de comprar?”
A dúvida é legítima, afinal o ativo valorizou 302% em 2020 e dobrou de valor em de dezembro até agora. A questão é que nesses momentos de altas quase que irracionais, a maior parte das pessoas acaba se frustrando por ter “perdido uma oportunidade” e lamenta, pois tem a impressão de que “o trem já partiu da estação”.
A verdade é que o trem passa todos os dias. O que quer dizer que sempre haverá boas oportunidades e bons negócios, basta ter uma tese definida e um racional claro para tomar as decisões.
O medo de ficar de fora (FOMO) é poderoso e ver um ativo dobrar de valor na nossa frente realmente assusta. Pra ilustrar meu ponto, resolvi trazer uma pequena análise.
Bitcoin ou Techs?
O ativo com a maior taxa de mortalidade da história (já foi declarado morto 395 vezes) e considerado por alguns como a maior bolha de todos os tempos deu uma certa "estabilizada" nas últimas semanas...
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Após chegar à patamares acima de US$ 40.000, há algumas semanas encontra-se na faixa entre US$ 30.000 e US$ 36.000. Será que teremos uma retomada do Rali de alta?
Nesses momentos começam a surgir muitas dúvidas sobre uma alocação de carteira interessante e eficiente e lembrei de um caso que postei no Instagram recentemente.
Foi o caso da Méliuz (SA:CASH3), uma das primeiras startups brasileiras a fazer um IPO na B3 (SA:B3SA3) e que realizou a sua listagem na bolsa no dia 05 de novembro do ano passado.
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Resolvi comparar a performance das ações da Méliuz com a performance do Bitcoin em reais (BTCBRL), do IPO até o final de janeiro. Eis que a conclusão fica evidente, como destaquei no gráfico acima. Desde a abertura de capital, as ações da empresa chegaram a valorizar mais de 240% na máxima, enquanto o Bitcoin chegou a valorizar 159% na máxima do mesmo período.
Detalhe: estamos falando de pouco mais de 2 meses, já que a análise é a partir do IPO.
É lógico que essa comparação não é justa, tampouco deveria ser feita, já que estamos falando de dois tipos de animais completamente diferentes.
Meu ponto aqui é que em momentos de euforia, o FOMO pode ser tão grande que parece que estamos perdendo a única oportunidade das nossas vidas! Eis que a realidade não se dá nem tanto ao céu nem à terra.
Pra quem acha que perdeu o "bonde" e deixou o Bitcoin passar, coloquei esse exemplo para demonstrar que oportunidades existem todos os dias.
Pra esclarecer: essa não é uma recomendação de investimento das ações da Méliuz, já que não sou analista, mas se tiver interesse, Banco BTG (SA:BPAC11) fez um relatório sobre a empresa.
Na semana passada também tivemos todo o movimento das ações do WallStreetBets (será o tópico do meu próximo artigo), que, apesar de uma aposta altamente especulativa e de altíssimo risco, acabou ganhando forças entre pequenos investidores.
Na minha opinião, no final nada supera uma boa alocação de carteira, com ativos diversificados em risco, setor e moedas, alocando de forma prudente entre renda fixa e variável com um bom punhado de reserva de valor e “seguros” para proteger desses momentos de euforia.