Para quem está começando a investir no mercado financeiro, negociar na Bolsa pode parecer uma tarefa um pouco complicada. Os ETFs, sobre os quais vamos falar hoje, podem tornar esse desafio um pouco mais fácil. Os ETFs (sigla em inglês para “Exchange Traded Funds”) podem ser traduzidos livremente para “Fundos Negociados em Bolsa”. Basicamente, um ETF é um Fundo de Investimento que utiliza como referência algum índice, como, por exemplo, o Ibovespa.
Contudo, é importante destacarmos que existem ETFs que seguem índices de ações, e outros ETFs que seguem índices de Renda Fixa, apesar dos primeiros serem os mais antigos e famosos no Brasil. Dessa forma, podemos entender que um ETF nada mais é do que uma cesta de ativos que copia um índice de referência do mercado. Ao investir no ETF, você investirá automaticamente em todos os ativos que compõem o índice de uma única vez. É como se você comprasse um pacote e, dentro dele, viessem todos os itens que estão naquela lista, já com os tamanhos de acordo com à proporção que ocupam dentro do índice de referência.
Se num determinado pacote a maioria das ações subiu, por exemplo, e compensou a queda ou a estagnação das demais, o resultado final será positivo. O cenário oposto também é válido. Então, para escolher um ETF, o investidor precisa estar atento ao índice que é atrelado ao fundo e qual está sendo o desempenho das suas principais empresas. Assim, no final das contas, saberá se vale a pena seguir aplicando neste ETF ou se é melhor buscar outra opção de Fundo Negociado.
Para ficar ainda mais claro, é importante darmos um passo atrás e entendermos por que existem esses índices de referência. O Ibovespa, por exemplo, é o índice mais utilizado no Brasil para o mercado de ações. Ele possui uma carteira teórica de ações, composta pelas mais negociadas na nossa Bolsa. Cada uma dessas empresas possui um peso específico na composição do índice.
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Na prática, a variação dos preços dessas ações causará uma variação na quantidade de pontos do índice. Assim, conseguimos ter um “termômetro” de como a Bolsa brasileira está se comportando. Dessa forma, quando falamos que “a Bolsa caiu”, estamos falando que as ações que compõem o Ibovespa, dado seus devidos pesos, se desvalorizaram no pregão.
Agora que entendemos o que são esses ETFs e porque utilizamos índices, podemos refletir sobre o porquê investir nesse tipo de produto. Ao investir via ETF, você consegue possuir grande diversificação de nomes e flexibilidade, com baixo valor de alocação. Além disso, você não precisará fazer a escolha dos ativos e poderá aplicar em uma tese como um todo.
Existem diversos ETFs que replicam índices no Brasil. O mais famoso é o BOVA11, que replica o Índice Bovespa. Além dele, podemos pensar também no BRAX11, que segue o IBr-X 100, composto pelas cem empresas mais negociadas da Bolsa, no SMAL11, que segue o Índice Small Cap da B3 (SA:B3SA3), e no PIBB11, que segue o índice IBr-X 50, com as 50 empresas mais negociadas na Bolsa.
Além dos ETFs que replicam índices brasileiros, você também pode investir em ETFs que replicam índices de outros países. O IVVB11 segue o índice S&P 500 da Bolsa dos Estados Unidos, composto pelas 500 principais empresas listadas na NYSE e na Nasdaq.
Para resumir, conseguimos entender que, com um único clique, no mesmo “lugar”, você pode ter diversas vantagens e facilidades. Mas vale ressaltar que é sempre importante contar com a assessoria de uma equipe de especialistas para entender mais sobre o assunto e preparar um portfólio estruturado e seguro.