Promoção de Black Friday! Economize muito no InvestingProGaranta até 60% de desconto

Estrangeiros: Eles Estão Voltando à B3! Quais as Melhores Empresas para Investir?

Publicado 16.11.2020, 16:17
BHP
-
USD/BRL
-
RIO
-
IBOV
-
BBAS3
-
BBDC4
-
B3SA3
-
CPLE6
-
ETER3
-
EVEN3
-
PRIO3
-
JBSS3
-
MRFG3
-
MRVE3
-
PETR4
-
PFRM3
-
ENAT3
-
SCAR3
-
SULA11
-
TRIS3
-
TAEE11
-
VALE3
-
BVSPUSD
-
BBSE3
-
TIOc1
-
ATOM3
-
TEND3
-
NEOE3
-
BHPG34
-
MELK3
-

Com o fim das eleições americanas e a vitória de Biden, investidores passam a tentar projetar os próximos 4 anos. No último artigo (que você pode encontrar aqui) tratei de empresas e setores que poderiam ser beneficiados com os incentivos de Biden. Não cabe a mim falar sobre política ou emitir uma opinião pessoal (eu moro nos EUA e tenho minhas convicções políticas, religiosas, mas acredito que aqui não é o canal para isso) e sim ser o mais neutro possível. Vejo que de modo geral teremos também uma abertura maior de mercado e isso pode refletir em uma melhora de trocas comerciais entre os países, incluindo aí o Brasil.

Na última década os investimentos em mercados emergentes e commodities (EM e COMDTY, nas siglas da tabela abaixo), tiveram seus retornos muito prejudicados. A China agora com o Acordo do Pacífico tende a aumentar o peso como um emergente, direcionando grande parte dos investimentos para a Ásia, onde temos que começar a olhar com uma maior atenção também, pensando os investimentos como algo mais global. Hoje é muito simples realizar isso, inclusive via veículos que estão no Brasil, como Fundos focados em China e Ásia, assim como em ETFs.

O Brasil por ser emergente, mantém também uma grande atratividade. O fato é que principalmente em dólar, para o investidor estrangeiro o mercado de ações brasileiro está muito interessante. Nos últimos 3 anos tivemos uma saída gigante do capital estrangeiro do Brasil, levando em conta o investimento na B3 (SA:B3SA3) em ações. Enquanto isso, o investidor pessoa física ganhou peso nesse período, porém, penso que o investidor estrangeiro deve retornar e isso deve trazer mais fluxo para o mercado brasileiro, favorecendo a liquidez e a elevação de nosso índice.

MAS SERÁ QUE OS GRINGOS ESTÃO VOLTANDO?

Foram quase 3 anos de saída massiva e mesmo assim nosso Índice principal, o Ibovespa, saiu de 71 mil pontos para 105 mil pontos e só nesse ano, o fluxo negativo chegou em R$ 87 bilhões e atualmente está em uma saída de R$ 57,67 bilhões, como podemos ver abaixo:

LEIA MAIS: Entrada de recurso externo na B3 atinge R$ 15 bi no mês; entenda

Essa recuperação no fluxo e ingresso de capital por parte do investidor estrangeiro vem chamando atenção, desde os primeiros dias de novembro. Só nessas duas semanas iniciais, tivemos um ingresso líquido de R$ 12,73 bilhões em novembro…

Além da atratividade em dólar para o investidor estrangeiro, em reais a bolsa brasileira começa a ficar mais interessante. Se colocarmos as ações da Petrobras (SA:PETR4) (peso de 11% no índice) e da Vale (SA:VALE3) (peso de 10% no Índice e que negocia a 5x lucros para 2021) teríamos um Ibovespa mais perto da média do que vem sendo negociado desde 2005 – vide segundo gráfico abaixo:

Todo esse rotation (palavra muito utilizada recentemente) de mercados mais maduros para emergentes (Brasil, China), vem também favorecendo a alocação nos ativos que ficaram esquecidos pelo mercado, sendo que a maioria desses ativos pode ser classificado como empresas de valor ou value investments, empresas em setores mais maduros, com pouco crescimento (na teoria é o que espera o mercado, mas muitas vezes essas empresas trazem “surpresas” positivas, um lucro muito maior do que é o esperado e de maneira surpreendente) e setores tradicionais.

Além disso, as moedas dos países emergentes estão interessantes, estando em um dos menores patamares desde 1995!

Tudo isso privilegia o Brasil, trazendo resultados positivos para as empresas brasileiras e alguns setores específicos, que nos remete ao próximo tópico: resultados que me chamaram atenção até o momento.

 

Resultados que chamaram atenção até o momento

Mesmo sendo consultor CVM, sócio-fundador de uma asset, ter tirado a prova da CNPI (não exerço a função de analista), comento que aqui não é uma indicação de compra de ativos, mas sim um pequeno resumo do que chamou-me atenção até o momento:

  • Setor de proteínas: acredito que como esperado, entregaram ótimos resultados. Marfrig (SA:MRFG3) fechando exclusividade com o Nusr-Et (aquele Turco, que joga o sal no estilo na carne, que virou meme, mas que tem uma qualidade gigante na carne, sendo vendida em Miami por US$ 180). Além disso, vem reforçando a atuação em carnes vegetais, muito na moda aqui nos Estados Unidos. JBS (SA:JBSS3) foi outra que surpreendeu, ambas vêm diminuindo a alavancagem. No pior dos casos, podem estar uma carteira visando proteção, pois há correlação com o dólar.
  • Minério de ferro: Vale continua a impressionar com os resultados. O custo de produção próximo de US$ 42 e a venda acima dos US$ 115, propicia uma margem de segurança altíssima para a Empresa. É geradora de caixa, tem uma provisão que tende a ser revertida em grande parte no próximo ano e está negociada a cerca de 5x lucros, 2,9x Ebitda, muito abaixo dos pares, BHP (ASX:BHP) (SA:BHPG34) e Rio Tinto (LON:RIO).
  • Construtoras: gostei de Even (SA:EVEN3), Trisul (SA:TRIS3), Tenda (SA:TEND3) e MRV (SA:MRVE3). Tornei me cliente da Even recentemente e a abertura de capital da Melnick (SA:MELK3), assim como geração de caixa da empresa vieram muito bem. Trisul planeja lançar 5x mais do que lançou até o momento para 2021. Tenda gerou um caixa gigante, R$ 112 milhões, além disso vem implementando CDT, pequenos “hubs centralizados”, visando melhorar a logística de entrega de materiais para as obras, gerenciando o estoque de produtos de maneira mais adequada. Além disso, tem um preço menor por imóvel que a concorrência e está testando um produto similar ao drywall dos Estados Unidos. MRV, vem aumentando o peso da Luggo, lançará mais via AHS nos Estados Unidos (o retorno de alugueis aqui, acredito que são melhores que no Brasil, inclusive morei em um produto AHS no Sul da Flórida). Das três anteriores citadas, acho que a MRV é a que está mais cara, mas que se entregar os projetos que pretende, tende a ficar mais atraente.
  • Seguradoras: gostei de BB Seguridade (SA:BBSE3) e SulAmérica (SA:SULA11). BB Seguridade com contratos até 2033 nas agências bancárias do BB, teve um retorno muito alto da corretora BB e, assim como a Sulamérica, com o aumento dos juros que deve ocorrer no Brasil, tende a aumentar a receita financeira;
  • Empresas de energia elétrica: gostei de Taesa (SA:TAEE11), Copel (SA:CPLE6) e Neoenergia (SA:NEOE3). Algumas com TIR entre 11-13%, muito acima da precificação atual. Acredito que o mercado não reconheceu o valor, por serem empresas consideradas “old” e que podem ser classificadas como value, entrando no que comentei acima.
  • Bancos: Bradesco (SA:BBDC4), BB.. presidente do Bradesco comentou em termos atingido o piso da possível questão quanto provisão. Bradesco via ADRs negocia a mesmo preço de 2005, porém com o lucro em reais 4x maior, isso colocando o momento de pandemia no cálculo (ok, não é o mais correto colocar valor de mercado em dólar e lucro em reais, mas mesmo assim seria o dobro de 2005 de lucro, pela metade do preço). O que chamou atenção de Banco do Brasil (SA:BBAS3), foi a carteira prorrogada de 17,8%, acima de outros bancos, porém, essa carteira tem 97,8% da sua posição sem atrasos, além disso, grande parte dos empréstimos são para o setor do agronegócio, que é um dos setores (senão o mais!) resilientes.
  • Empresas menores de vários setores: Eternit (SA:ETER3), Profarma (SA:PFRM3), Atom (SA:ATOM3), São Carlos (SA:SCAR3), Petrorio (SA:PRIO3) e até Enauta (SA:ENAT3). Eternit diminuiu a dívida em cerca de R$ 120 milhões em 3 trimestre (perto de 20% do valor de mercado), vem se reinventando e surfando o ciclo de construção civil que começou com a queda forte de juros de 2017. Profarma em um setor resiliente, muito abaixo dos pares e descontada. Atom, empresa de difícil previsibilidade, mas que com o ingresso massivo de pessoas físicas na bolsa, vem estando muito descontada. São Carlos negociando com Net Asset Value de R$ 70,00 por ação e valendo no mercado cerca de R$39,00. Petrorio diminuindo o lifting cost e gerando muito caixa, até de maneira surpreendente (sou um especial entusiasta da Empresa, adquiri ações em 2016 a R$ 2,20 como preço médio) e Enauta, que vem gerando valor, tem recebíveis + caixa de cerca de R$ 2,6 bilhões para 2021, o que daria perto de R$ 11,0o apenas com esses valores. Colocaria essa última Empresa como o azarão entre todas.

Mas sempre lembro: faça sua própria avaliação, é importante sempre estudar e evoluir por conta própria, pois o que comentei acima não é uma indicação de negociação, apenas uma visão de alguns ativos.

Fico por aqui!
Um grande abraço

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.