É, o negócio está complicado pelo jeito... Para tomar as decisões de investimentos de curto prazo, saiba que existe algo chamado "volatilidade" e que certamente há chances que "ela" irá persistir ainda por um bom tempo!
Lá fora, após altas consecutivas, recordes atrás de recordes, seja no S&P500, no Dow Jones, e na Nasdaq, os ajustes vieram nos índices americanos, ora "frustados" com os números cada vez mais fortes da economia, destaque para as vendas no varejo com alta de 1% e, atentos aos movimentos dos títulos americanos e discursos dos integrantes do FED, que fizeram com que as bolsas americanas sofressem um processo de realização de lucros, já antecipando os balanços que começam a ser divulgados por lá, como os grandes bancos, que já apresentaram na última semana.
Com o cenário ainda indefinido na Opep+ sobre o aumento na produção do petróleo mundial, a commodity viu seu preço em Londres também cair no decorrer da semana após tocar a casa USD 77,00 e fechar a semana em USD 73,14, com queda na sexta-feira de 0,45% e 3% na semana.
Por aqui, o mercado ficou atento aos desdobramentos da proposta da Reforma Tributária em torno de eventuais mudanças em seu texto, principalmente na exclusão da tributação por parte dos Fundos de Investimentos Imobiliários, FIIs.
Prenúncios de que o Ministro Paulo Guedes estaria tentando negociar com os produtores de aço brasileiros um valor para congelar o preço da commodity afim estimular os negócios e beneficiar o setor da construção civil no país sacudiram os preços das ações ligadas ao setor na bolsa brasileira.
Destaque também para as ações das varejistas Magalu (SA:MGLU3), com a compra de mais uma companhia, a Kabum, e a reestruturação das Lojas Americanas (SA:LAME4), que passam a ser negociadas em bolsas sob o código AMER3, situação semelhante do que ocorreu entre o Pão de Açúcar (SA:PCAR3) e o Assaí (SA:ASAI3).
Bancos sofreram, Petrobras (SA:PETR4) também, com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, e com isso o índice Bovespa volta para o patamar dos 125mil pontos!
O real, acompanhando o movimento de desvalorização do dólar frente a seus pares, valorizou na semana 2,27% frente a moeda americana.
Os juros também permaneceram estáveis, trazendo um certo alívio à inclinação da curva para os vencimentos mais curtos.
Para essa semana, dados vazios vindos da China, os olhos do mercado voltam-se à presidente do BCE, Lagarde, quanto a novos indícios sobre a condução da política monetária na Zona do Euro, no que refere-se a eventuais mudanças sobre o programa de estímulos europeu,
Nos EUA, atenção aos dados dos PMI's e aos balanços a serem anunciados pelas BIG Tech's.
Por aqui, olhos no Boletim Focus do Banco Central e no início da temporada de balanços das empresas listadas referente ao 2T21 no Brasil.
Enfim, dados bons da economia real, fortalecendo ainda mais o racional de uma inflação generalizada mais consistente. Cresce a preocupação por parte do mercado quanto aos próximos passos dos principais Bancos Centrais Mundiais e quanto a suas mudanças em suas políticas macroeconômicas bem como a retirada dos famosos, mas inevitáveis - até agora -, estímulos econômicos!
Uma boa semana, e bons negócios!