Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com
- Coinbase lucra com volume de negociações de criptos, e a capitalização do criptomercado cresceu em 2021
- COIN é alternativa ao investimento direto em criptomoedas
- IPO da COIN fez suas ações atingirem um nível insustentável
- O preço caiu e continua abaixo da cotação referencial pré-emissão
- COIN é boa oportunidade de compra abaixo de US$250
Não importa se você ama ou odeia as criptomoedas, o fato é que elas entregaram retornos sem precedentes aos participantes do mercado na última década. Mas o caminho do lucro via ativos digitais não foi isento de fortes oscilações de preço em ambas as direções.
Em 2021, o Bitcoin foi negociado dentro de uma faixa de mais de US$40.500, variando de US$28.383,16 a 68.906,48. Ao nível de US$41.600 em 10 de janeiro, o preço estava mais de US$7.000 abaixo do ponto médio da faixa de negociação de 2021.
Vice-líder entre as criptomoedas, o Ethereum foi negociado dentro de uma faixa de US$4.150, variando de US$716,919 a 4.865,426. Cotado a US$3050 em 10 de janeiro, o Ethereum ainda estava acima da média da sua faixa de negociação de 2021.
Essas incríveis oscilações de preço podem ser um pesadelo para os investidores, mas criam um paraíso de oportunidades para traders ágeis que sabem operar em mercados voláteis.
A Coinbase Global (NASDAQ:COIN), exchange sediada em Wilmington, Delaware, é a maior bolsa de criptomoedas do mundo. A companhia facilita a compra e venda das principais criptos.
A COIN abriu seu capital em abril de 2021. Em 10 de janeiro de 2022, a ação era negociada abaixo do seu preço inicial de referência de US$250, após alcançar um nível bastante alto em sua estreia em 14 de abril de 2021. As ações fecharam ontem a US$225,01.
Ao preço de US$250, a COIN pode ser uma boa aposta para 2022, à medida que o criptomercado segue crescendo.
Coinbase lucra com volume de negociações de criptos, e capitalização do criptomercado cresceu em 2021
De acordo com sua própria descrição corporativa, a Coinbase fornece infraestrutura e tecnologia para que pequenos usuários entrem na criptoeconomia. Ela também é uma espécie de “bolsa”, com um pool de liquidez para que institucionais façam transações com criptoativos.
Além disso, a empresa fornece tecnologia e serviços que permitem aos parceiros do ecossistema construir aplicações baseadas em criptos, aceitando-as como forma segura de pagamento. A companhia foi fundada em 2012, apenas dois anos após o Bitcoin entrar em cena.
A COIN é a maior exchange de criptomoedas, colocando-a em posição similar à da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) e da Intercontinental Exchange (ICE), no sentido de que facilitam as transações financeiras, ainda que em mercados diferentes.
A capitalização de mercado das criptomoedas cresceu de US$767,482 bilhões ao final de 2020 para US$2,166 trilhões no fim de 2021, uma alta de 182% no ano passado. Após o recente declínio, seu valor de mercado era de US$1,92 trilhão em 10 de janeiro.
COIN é alternativa ao investimento direto no criptomercado
O investimento indireto em qualquer mercado é uma estratégia que busca investir na tecnologia que respalda a produção de determinada mercadoria, em vez de alocar os recursos diretamente no produto. Em outras palavras, o investidor se posiciona em empresas que dão suporte ao crescimento de outros negócios.
Essas empresas podem ou não subir ou cair com o preço do ativo primário.
No mundo das criptomoedas, a COIN opera como uma facilitadora. Assim como a CME, ICE e agências de apostas esportivas, a COIN retira sua receita do volume das transações, na medida em que cobra uma taxa dos compradores e vendedores para executar suas operações.
Embora as receitas não se baseiem em preços, bull markets tendem a incentivar mais volume de negociações, uma vez que os participantes demonstram a tendência de se tornar mais ativos quando os preços sobem do que quando caem.
IPO da COIN fez suas ações atingirem um nível insustentável
A Coinbase não percorreu o caminho tradicional de um IPO. Em vez disso, fez uma listagem direta na Nasdaq.
Dessa forma, a empresa evitou as taxas dos bancos de investimento e períodos de bloqueio (lock-up) para os primeiros investidores. A ação começou a ser negociada em 14 de abril. A euforia que fez o preço do Bitcoin sair de cinco centavos, em 2010, para quase US$70.000 por token na máxima de 2021 impulsionou as ações da COIN até o pico de US$429,54 em seu primeiro dia de negociação.
Como já ocorreu com vários novos players do setor de tecnologia que entraram na bolsa, as ações da COIN atingiram um nível insustentável em sua estreia, com sua capitalização de mercado subindo para US$100 bilhões, mais do que a CME ou a ICE (NYSE:ICE) em suas respectivas máximas. O preço de pré-listagem era de US$250 por ação.
Fonte: Barchart
Como mostra o gráfico, as ações da COIN caíram feito pedra desde a máxima de sua estreia, alcançando US$208 por ação em 19 de maio de 2021, um pouco mais de um mês após a listagem. As ações da COIN perderam metade do seu valor desde o pico de abril até a mínima de maio.
Abaixo do seu preço referencial pré-emissão desde maio
Desde maio, a COIN continuou dentro da sua faixa de negociação. Mas o preço se recuperou até a máxima inferior de US$368,90 em 29 de novembro, um dia antes de as duas principais criptos, Bitcoin e Ethereum, alcançarem novas máximas.
Após 10 de novembro, o Bitcoin e Ethereum registraram padrões-chave de reversão baixista em seus respectivos gráficos diários, gerando uma sequência de máximas e mínimas descendentes que continuou no início de 2022.
Fonte: Barchart
O gráfico mostra que a COIN era negociada abaixo do nível de US$225 em 10 de janeiro, bem abaixo do preço de referência pré-listagem. O primeiro nível de suporte técnico está na mínima de 19 de julho a US$213,22.
Abaixo disso, o fundo de 19 de maio, de US$208, é o suporte crítico para a ação. As ações da COIN tocaram a mínima de US$214,64 em 10 de janeiro.
COIN é boa oportunidade de compra abaixo de US$250
A volatilidade das criptomoedas não encontra precedentes, com os preços mais do que dobrando e perdendo metade do seu valor em 2021. As ações da COIN experimentaram a mesma volatilidade, por ser uma opção de investimento indireto no criptomercado. Três fatores apontam preços mais altos para a COIN nos próximos anos:
- A COIN é a maior exchange de criptos, portanto ela provavelmente crescerá com a classe de ativos.
- As criptomoedas estão ganhando cada vez mais aceitação como meio de troca e veículos de investimento.
- A tecnologia da COIN permitirá que ela assuma posição de liderança quando os governos emitirem moedas digitais nos próximos anos. É apenas uma questão de tempo para que as versões digitais do iuane chinês, dólar, euro e outras moedas entrem no mercado.
As ações da COIN caíram abaixo do seu preço de referência, oferecendo uma oportunidade para os investidores. A Coinbase fornece exposição ao criptomercado sem exigir uma carteira computacional. Em vez disso, é um investimento tradicional em uma classe de ativos não tradicionais.
Eu particularmente realizo compras escalonadas das ações da COIN abaixo do nível de US$230, deixando bastante espaço para aumentar a posição em caso de declínios maiores. Nos últimos anos, comprar Bitcoin e Ethereum durante correções se mostrou uma estratégia excelente. A COIN provavelmente deve se recuperar quando as principais criptos tocarem os fundos e voltarem a subir.