Nosso índice futuro, na última semana, fechou com uma pequena valorização de +0,95%, numa reação natural após as quedas significativas que foram observadas na semana anterior. Teremos portanto, na próxima semana, um período decisivo nos mercados do Brasil. Será que a hora da verdade chegou?
Acreditamos que a perda da região de 93.000 pode levar o mercado a buscar nas próximas semanas a região de 88.000 pontos. Por outro lado, a superação dos 96.000 pontos poderia levar o mercado a retestar o topo histórico. Outro cenário possível seria observarmos uma congestão lateral, antes que as definições acima se materializem.
Se tivéssemos que dar um palpite da direção mais provável, acreditamos que uma continuidade do movimento de correção seja o mais provável.
Nossa crença baseia-se fundamentalmente em 2 aspectos:
1. Ainda prevalece um clima de instabilidade política, que tende a dificultar o avanço das reformas; e
2. Temos os mercados internacionais bastante "esticados" para cima, após apresentarem vários pregões consecutivos de valorização, sem que fossem observados movimentos corretivos intermediários (ver tabela e gráficos a seguir). Havendo um período corretivo nos mercados internacionais, o Brasil pode seguir a mesma direção.
O gráfico diário do Índice Futuro do Brasil mostra claramente um equilíbrio de forças entre comprados e vendidos. A perda da região de 93.000 pontos ou a superação de 96.000 pontos poderia indicar a direção mais provável dos pregões subsequentes.
O dólar, por sua vez, continua lateralizado, com uma suave tendência de alta terciária. Esta tendência, ganharia ainda mais força, se a moeda conseguir fechar acima de R$ 4, nos próximos pregões.
No último pregão da semana passada (ver gráfico abaixo), o Dólar Index (DXY), ganhou força e fechou com um candle bastante grande, confirmando o domínio dos comprados, neste ativo. Geralmente isso ocorre quando há uma percepção de risco mais elevada, por parte dos investidores, dado que a moeda americana sempre foi o "porto seguro" em momentos de instabilidade global.
O rompimento da máxima do último pregão poderia indicar a continuidade da alta deste ativo, nos pregões subsequentes. E, possivelmente, seria um prenúncio de um movimento corretivo nos índices globais, que geralmente têm correlação inversa ao comportamento da moeda americana.
Vale observar no gráfico abaixo que temos uma lateralização que perdura há bastante tempo. Se o rompimento dessa lateralização confirmar-se para cima, poderemos observar uma nova expansão do valor da moeda americana, frente às moedas de outras nações.
Os gráficos abaixo mostram o comportamento dos índices americanos (SP500, Dow Jones e Nasdaq) e também do índice Alemão (DAX), que recuperaram-se das quedas acentuadas ocorridas no final de 2018/início de 2019.
No caso dos mercados americanos, temos os 3 índices muito próximos dos topos históricos. No caso da Alemanha, ainda temos bastante espaço de valorização até revisitarmos a região do topo histórico.
Vale lembrar que a temporada de divulgação de resultados nos EUA sempre costuma trazer bastante volatilidade aos mercados.
O preço do barril de petróleo engrenou uma alta e vem operando nesse momento na casa dos USD 64/bbl. A alta vem se dando basicamente pelo corte considerável no nível de produção em Março pela Arábia Saudita e pela redução na contratação de sondas de perfuração de poços nos EUA (que é um indicador de queda na produção). Desta forma o preço do barril já vem trabalhando acima da abertura do ano passado, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:
Olhando para o calendário econômico, a semana terá eventos importantes. Sumarizamos abaixo, o calendário divulgado pela Investing.com, filtrando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados.
Forte abraço, e....
Bora pra cima !!!