Se aproximando dos 18% somente neste ano, o índice Dow Jones registrou mais um recorde ontem nas bolsas de valores americanas, aos 27.462 pontos.
Na mesma linha segue o Ibovespa registrando a máxima intradiária de 109.352 pontos, na expectativa tanto pelo pacote econômico do governo, quanto para a votação da PEC paralela da previdência e o leilão de petróleo da cessão onerosa.
Em ambos os casos, a tentativa de solução da guerra comercial EUA-China tem trazido o alento necessário aos investidores para amparar um mercado positivo (bullish) no curto prazo, porém este mesmo movimento suscita a dúvida de quando ocorrerá a necessária correção dos ativos, para que o movimento se sustente por um período considerado mais prolongado.
Trump operava eleitoralmente tanto a guerra comercial quanto os ataques ao Federal Reserve, porém, com os avanços nos seus pedidos de impeachment, tal retórica teve que ser esvaziada e um contexto positivo aos mercados, com o menor nível de externalidades possível teve que ser adiantado nos planos do presidente americano.
O risco de tal tática é a correção dos ativos se adiar demais e coincidir com o período eleitoral de 2020, semelhante ao o que ocorreu em agosto do ano passado, uma das maiores reversões recentes desde a crise das hipotecas. Nisso, cresce o risco de derrota de Trump e somente um candidato democrata desalinhado às bases, ou seja, sob a égide do “popular” socialismo entre parcelas à esquerda do partido pode dar a vitória ao atual presidente.
Hoje, as atenções se voltam à ata da última reunião do COPOM e os sinais emitidos pela autoridade monetária desde a reunião, a qual incluiu um corte de 50 bp para 4,5% aa e uma pausa programada ao citar enfaticamente o termo “cautela” no comunicado.
Além disso, o mercado acompanha a votação da PEC paralela da previdência, reage aos resultados corporativos divulgados após o fechamento do pregão e aos diversos índices ISM e PMI a serem divulgados no Brasil e no exterior.
Na China, o PMI Caixin composto registrou 52 pontos, ante 51,9 anterior e serviços 51,1 pontos.
Xi Jinping, num discurso na China International Import Expo e pediu que as tensões internacionais sejam resolvidas através de discussões, pedindo a remoção das barreiras comerciais globais.
Atenção aos resultados de Qualcomm, CVS, BHP Billiton, Adidas, BMW, Sogeral, Liberty e SnapChat.Localmente, destacam-se os resultados de AES Tiete, BTG Pactual, CSU, CTEEP, TIM, Hermes Pardini e Sanepar.
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ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com avanços na guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo em resposta aos recordes nas bolsas ocidentais.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata e ao ouro.
O petróleo abre em alta, com o contexto econômico mais otimista.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,47%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0177 / 0,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 108,86 / -0,276%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 4015,22 / 0,38 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,49 % aa (0,45%)
DI - Janeiro 23: 5,42 % aa (0,93%)
DI - Janeiro 25: 5,99 % aa (0,17%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5395% / 108.779 pontos
Dow Jones: 0,4196% / 27.462 pontos
Nasdaq: 0,5581% / 8.433 pontos
Nikkei: 1,76% / 23.252 pontos
Hang Seng: 0,49% / 27.683 pontos
ASX 200: 0,15% / 6.697 pontos
ABERTURA
DAX: 0,077% / 13146,33 pontos
CAC 40: 0,019% / 5825,40 pontos
FTSE: 0,410% / 7399,87 pontos
Ibov. Fut.: 0,41% / 109228,00 pontos
S&P Fut.: 0,228% / 3082,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,323% / 8239,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,31% / 80,89 ptos
Petróleo WTI: 0,58% / $56,84
Petróleo Brent:0,79% / $62,67
Ouro: -0,36% / $1.504,42
Minério de Ferro: -0,84% / $82,85
Soja: 0,16% / $15,81
Milho: 0,13% / $383,75
Café: -0,05% / $103,55
Açúcar: 0,24% / $12,55