O índice S&P 500 da Bolsa americana cai mais de -6,36 por cento e o Nasdaq cai -11,19 por cento em 2022. E a dúvida que surge é: devo comprar agora?
Diante de incertezas sobre o desdobramento da crise na Ucrânia e uma inflação galopante nos Estados Unidos, é hora de comprar ações americanas ou se seria melhor esperar?
Em primeiro lugar, sempre falamos em investir na Bolsa americana, e uma das possibilidades é por meio de ETFs que replicam índices do mercado americano, como o IVVB11.
Por outro lado, a grande exposição das Bolsas americanas ao setor de tecnologia, que hoje representa mais de 33 por cento dos índices, vem sendo um problema em 2022, já que os investidores estão saindo de setores mais sensíveis ao aumento de juros e comprando setores que se beneficiam, como bancos e commodities.
O início do ciclo de aperto monetário
Lá fora, pela primeira vez desde 2018, o Fed elevou a taxa de juros em 25 pontos percentuais, passando para o intervalo entre 0,25 por cento e 0,50 por cento.
O Fed também indicou que as taxas de juros devem atingir um intervalo entre 1,75 por cento e 2 por cento até o final deste ano, o que significaria um aumento de 25 pontos percentuais a cada reunião restante de 2022.
Esse movimento também já era aguardado pelo mercado e até mesmo visto como tardio para alguns economistas. Além disso, revela uma estratégia já consolidada pelo FED, ao longo do tempo, de soft-landing (“pouso suave”, em português).
Essa estratégia nada mais é do que uma tentativa das autoridades monetárias de suavizar os ciclos econômicos.
Contudo, um discurso ou movimento mais incisivo do Fed ou indicadores de inflação piores devem continuar pressionando os mercados e trazendo bastante volatilidade para os ativos de risco, principalmente ativos de crescimento.
Dessa forma, entendemos que é um momento de maior cautela com os ativos internacionais e boa oportunidade para montar ou elevar posições de maneira gradual conforme as oportunidades aparecem.