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Balanços de JPMorgan e Goldman Sachs Devem Mostrar que o Pior Já Ficou para Trás

Publicado 13.04.2021, 09:53
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Publicado originalmente em inglês em 13/04/2021

Com o início da temporada de balanços de 2021 nesta semana, os resultados dos principais bancos americanos devem mostrar que eles voltaram ao caminho do crescimento sustentado após enfrentarem a desaceleração gerada pela pandemia.

Esse cenário otimista deve-se a um dos maiores esforços de vacinação rápida do mundo, uma recuperação robusta no mercado de trabalho e os estímulos econômicos do governo que ainda estão longe de terminar.

Essa é a principal razão para que os investidores tenham voltado a comprar ações bancárias neste ano, fazendo seu valor atingir a máxima histórica.

Índice Bancário KBW Semanal

O Índice Bancário KBW saltou cerca de 26% até agora no ano, enquanto o S&P 500 valorizou-se apenas 9% no mesmo período.

Empresas como JPMorgan Chase (NYSE:JPM) (SA:JPMC34), Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) e Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), nossas três ações favoritas do setor, registraram ganhos de dois dígitos, graças à força dos seus bancos de investimento e divisões de trading.

O JPMorgan, maior banco dos EUA, considera que essa força continuará até 2023. Em sua carta anual aos acionistas na semana passada, o CEO Jamie Dimon afirmou que a poupança feita pelos consumidores, a maior distribuição de vacinas e o plano de infraestrutura de US$ 2,3 trilhões proposto pelo governo Biden poderiam levar a uma “Economia de Cachinhos de Ouro”: crescimento rápido e sustentado, com inflação e juros subindo lentamente.

Lucro trimestral recorde

O JPM apurou um lucro trimestral recorde nos últimos três meses de 2020, graças à sua divisão de trading e taxas com serviços de fusões e aquisições. A instituição financeira global sediada em Nova York divulgará seu balanço do 1o tri na quarta-feira, 14 de abril, antes da abertura do mercado. Os analistas esperam um lucro por ação de US$ 3,06 sobre vendas de US$ 30,46 bilhões.

JPM Semanal

As operações de trading nos mercados de capitais também contribuíram para a rápida recuperação dos bancos após o crash provocado pela pandemia. A receita nessa divisão do Goldman Sachs atingiu a máxima de 10 anos no trimestre anterior. A instituição, que divulga balanço no mesmo dia do JPM, deve registrar um LPA de US$10,1 sobre vendas de US$ 12,27 bilhões, o maior nível nos últimos cinco trimestres.

Com a economia se recuperando e os gastos dos consumidores em alta, o que pode impulsionar a lucratividade dos bancos nos próximos meses são os fundos de reserva que separaram para cobrir perdas com empréstimos. O pior cenário parece não ter se concretizado durante a pandemia, o que significa que os bancos devem liberar dezenas de bilhões de dólares das suas reservas para empréstimos inadimplidos.

Para aumentar esse otimismo, os rendimentos dos títulos públicos americanos estão em leve alta, sinalizando que o Federal Reserve pode ser forçado a elevar os juros mais cedo para prevenir a inflação. Os juros maiores permitem que os bancos cobrem mais dos mutuários, elevando as margens sobre produtos como cartões de crédito e hipotecas.

Conclusão

As ações bancárias, mesmo após a forte corrida de 2021, continuam atraentes, com muitas macrotendências favoráveis para seus negócios na recuperação econômica pós-pandemia. JPM, Goldman Sachs e Bank of America, que divulga seu balanço na quinta-feira, 15 de abril, antes da abertura do mercado, continuam sendo nossas escolhas favoritas no setor financeiro, graças ao seu portfólio diversificado e fortes balanços patrimoniais. Em nossa visão, qualquer fraqueza após a divulgação dos resultados é, em nossa visão, uma oportunidade de compra.

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