Os investidores não esperam ter grandes surpresas quando a gigante do comércio eletrônico Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (NASDAQ:AMZN) divulgar seus resultados no fim do dia de hoje. A empresa já alertou que o aumento de custos pode prejudicar sua rentabilidade no curto prazo.
Os custos da empresa relacionados ao serviço de entrega em um dia elevaram as despesas e reduziram a eficiência significativamente no segundo trimestre. O investimento necessário para enviar as mercadorias no prazo de 24 horas pressionará os resultados pelo resto do ano, declarou Brian Olsavsky, diretor geral financeiro, a analistas em julho.
Por essas razões, os analistas em média esperam um declínio de 20% no lucro do trimestre, para US$ 4,59 por ação, enquanto as vendas devem continuar disparando, alcançando cerca de US$ 69 bilhões para o período.
O terceiro trimestre é também quando a Amazon (NASDAQ:AMZN) geralmente investe em suas instalações antes da agitada temporada de festas de fim de ano, portanto os investidores devem estar preparados para uma escalada nos custos da companhia.
Esse cenário não tem sido nada favorável para investidores de curto prazo, que se sentiam atraídos pela ação por causa da sua lucratividade crescente: a margem de lucro operacional da empresa derrapou de 7,4% no primeiro trimestre para 4,9% no segundo. A margem do terceiro trimestre pode ficar abaixo de 4%, tomando como base o ponto médio da previsão da Amazon (NASDAQ:AMZN).
Cotados a US$ 1.762,17 no fechamento de ontem, os papéis da Amazon (NASDAQ:AMZN) se desvalorizaram 13% em relação à máxima deste ano, mas ainda registram cerca de 20% de ganho em 2019. A ação é um dos nomes menos favorecidos neste ano entre o grupo das grandes empresas de tecnologia, conhecido como FAANG.
Foco nas vendas
Em nossa visão, desde que essa equação de custos maiores e lucratividade em queda seja compensada pelo aumento das vendas, as ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) não devem apresentar uma queda acentuada. Se a Amazon não conseguir apresentar um crescimento nas vendas no resto do ano, os investidores seguramente ficarão com um pé atrás.
Mas achamos pouco provável que a empresa mostre um baixo desempenho nesse quesito. A saúde da economia norte-americana continua forte, os consumidores não pararam de gastar e o comércio eletrônico ainda está em sua fase crescimento, mantendo a Amazon (NASDAQ:AMZN) à frente no jogo.
Outra razão que nos deixa confortáveis em recomendar a ação da Amazon (NASDAQ:AMZN) é a capacidade do CEO da empresa, Jeff Bezos, de diversificar as receitas da companhia. Ele também está abrindo novas áreas de crescimento além dos negócios com margem reduzida de venda de produtos online.
A Amazon (NASDAQ:AMZN) opera a maior plataforma na nuvem do mundo, atendendo a grandes clientes corporativos. O Amazon Web Services, também conhecido como AWS, cresceu a uma taxa de mais de 37% no 2º tri. A área de anúncios digitais da Amazon, outro grande empreendimento de alta rentabilidade, está se expandindo a uma taxa de três dígitos. Com o apoio dessas unidades extremamente rentáveis, a empresa foi capaz de revolucionar diversos setores e pode continuar fazendo isso por um longo período.
Além dos fundamentos dos negócios da companhia, uma possível ameaça que manterá as ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) sob pressão é o intenso escrutínio regulatório dos órgãos antitruste do governo e de parlamentares que veem a gigante varejista como um monopólio. O Departamento de Justiça dos EUA abriu uma ampla investigação neste verão para saber se as grandes empresas de tecnologia estão usando todo o seu poder para acabar com a concorrência.
Conclusão
Apesar desses pontos problemáticos, continuamos recomendando as ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) para investidores de longo prazo. O investimento em ações de tecnologia não está isento de riscos, principalmente no estágio tardio do seu ciclo de alta, que já mostra sinais de pico. Mas, para investidores de longo prazo, a Amazon ainda é uma das melhores apostas entre as ações de tecnologia de alto crescimento.