- Resultados do 2T21 serão divulgados na quinta-feira, 29 de julho, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$115,33 bilhões
- Expectativa de lucro por ação: US$12,24.
Quando a Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) divulgar seu balanço do segundo trimestre no fim do dia de hoje, os investidores ficarão de olho em suas vendas, que podem mostrar alguma desaceleração após atingir um ritmo alucinante durante a pandemia.
Desde o surgimento da Covid-19 em março do ano passado, as vendas da Amazon não pararam de superar as expectativas, já que as pessoas, isoladas em casa, passaram a fazer mais compras online. Mas, à medida que a economia americana se reabre e as pessoas começam a retornar às suas rotinas normais, há chances de que parte das vendas volte para as lojas físicas.
No fim do primeiro trimestre, entretanto, ainda não havia qualquer evidência de que essa tendência estava se formando. A gigante do varejo online sediada em Seattle divulgou, em abril, que sua receita no 1º tri havia saltado 44% e seu lucro havia atingido o recorde de US$15,79 por ação, superando as expectativas dos analistas. Para o trimestre encerrado em junho, a Amazon projetou vendas entre US$110 bilhões e US$116 bilhões.
Os resultados do 2º tri provavelmente se beneficiaram do evento Prime Day de dois dias da companhia, em junho, que ofereceu vantagens aos assinantes do seu programa de entregas mais rápidas que custa US$119 ao ano. De acordo com estimativas do JPMorgan, o Prime Day pode ter gerado US$8,4 bilhões em receita total neste ano, uma alta de 12% em relação ao do ano passado.
Além dos negócios de e-commerce, a unidade de computação na nuvem da Amazon e seus negócios publicitários continuam mostrando força. Essas unidades geram margens maiores do que as operações de varejo. As vendas do Amazon Web Services saltaram 32% no 1º tri, enquanto os anúncios aumentaram em 77% suas receitas.
Amazon ainda é uma boa compra
Depois de disparar mais de 70% no ano passado, as ações da Amazon acumulam alta de 12% neste ano, seguindo o desempenho do Nasdaq 100, repleto de ações de tecnologia. O papel encerrou o pregão de quarta-feira cotado a US$3.630,32.
Apesar desse forte desempenho durante a pandemia, analistas continuam bastante otimistas com a perspectiva de crescimento dessa potência do e-commerce, já que acreditam que o ímpeto das vendas da companhia continuará durante a reabertura.
Diversos analistas de Wall Street elevaram recentemente seus preços-alvos para a Amazon, citando um ambiente favorável para suas unidades de negócios. Analistas da consultoria Telsey reiteraram sua classificação de outperform (acima da média) para a potência do comércio eletrônico antes do seu balanço, ressaltando a “execução superior” da Amazon.
De acordo com sua nota:
“Mantemos nossas estimativas de vendas e lucro acima do consenso no 2º tri, refletindo a atual mudança favorável para o online, as fortes tendências de negócios, inclusive o Prime Day, ganhos de participação de mercado em diversas categorias e execução superior”.
Dos 49 analistas pesquisados pelo Investing.com, o preço-alvo médio de 12 meses é de US$4.238,78.
Isso representa um potencial de alta de 16% acima do atual preço da ação.
Conclusão
A Amazon continua sendo uma sólida ação para investidores de longo prazo, graças à sua posição de liderança no e-commerce. Os fatores que alimentaram esse rali em 2020 ainda estão em vigor, em vista da penetração ainda baixa do comércio eletrônico, maior capacidade de atendimento e mudança para a computação na nuvem.