Em um cenário de altos e baixos da economia, com taxas e juros altos, a renda fixa vem sendo considerada a bola da vez, e o FIDC o ouro da renda fixa.
LEIA MAIS: A Volatilidade do Mercado Impacta o M&A no Brasil?
O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) funciona a partir da aplicação em títulos de créditos, criados a partir de contas a receber de determinadas empresas. Por ser baseado em uma taxa já pré-definida, ele é considerado como renda fixa.
Esse investimento ainda é pouco conhecido na renda fixa no Brasil, com risco baixo porém rendimentos modestos. O fundo é uma boa opção de investimento para investidores experientes e que sejam considerados qualificados, e classificados como profissionais e com investimentos mais elevados. Uma das principais vantagens deste tipo de investimento em direitos creditórios é a possibilidade de retorno maior que em outras aplicações de renda fixa.
Além disso, existe uma modalidade específica de FIDC privado, em que o investidor pode investir na própria fintech e pode ter acesso às mesmas modalidades do modelo tradicional, estudos e expertise do FIDC no geral, porém sem valor mínimo de investimento e possuindo os mesmos benefícios.
Conhecido como “a nova renda fixa", um modelo de exemplo de crédito privado é o P2P lending (Peer to Peer Lending), uma modalidade de empréstimo que beneficia tanto a empresa quanto a pessoa física que pretende investir concedendo o seu crédito em troca.
Nas fintechs, o FIDC tem se consolidado como importante aliado no financiamento de créditos destinados a empresas e pessoas físicas. Isso acontece graças a desburocratização do crédito, pois os juros elevados aumentam a rentabilidade da renda fixa e incentivam as empresas na procura por alternativas inteligentes de financiamento.
Em geral, essa modalidade de investimento é uma aposta inteligente e com garantias reais. Vale atentar-se apenas para o risco de crédito que existe em casos de atrasos e inadimplências. Para 2022, com o aumento da Selic de um para dois dígitos, a renda fixa segue pagando mais a quem aplica e o FIDC provavelmente seguirá sendo considerado o ouro da renda fixa.