- Investidores avaliam o potencial de alta das ações, em face do elevado risco-retorno oferecido pelo bitcoin.
- O S&P 500 apresenta força, enquanto o destino do bitcoin depende de regulamentações e apoio governamental.
- A cripto atrai crescente interesse corporativo, enquanto as ações são sustentadas por lucros empresariais e a robustez econômica.
Estamos nos aproximando de 2025, e os investidores já avaliam qual destas duas classes de ativos deve ter prioridade em suas carteiras: ações ou bitcoin. Diante dos atrativos e riscos de cada qual irá ter melhor desempenho no próximo ano?
Ações: crescimento sustentado, apesar dos desafios
Mesmo com um recente aumento no deflator do consumo privado para 2,8%, as ações mantiveram seu vigor.
O S&P 500 acumulou alta de 26,47% em 2023, prestes a registrar dois anos consecutivos de crescimento acima de 20% – um feito raro, observado apenas em períodos como 1927-28 e 1995-96.
Para 2025, três fatores cruciais estão no radar:
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Taxas de juros do Fed: qualquer ajuste poderá alterar a dinâmica do mercado.
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Déficit federal: o controle do déficit por Trump influenciará o sentimento do investidor.
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Lucros corporativos: empresas precisarão continuar superando expectativas para manter a trajetória ascendente.
Embora o debate sobre tarifas, como uma potencial taxa de 25% sobre importações do México e Canadá, possa impactar setores específicos, o efeito é mais relevante para indústrias como a automotiva. Um aumento de US$ 10 mil no preço dos veículos poderia reduzir as vendas em até 1,1 milhão de unidades, afetando empresas como General Motors (NYSE:GM) e Ford (NYSE:F).
Ainda assim, o otimismo prevalece. Nas últimas semanas, investidores injetaram US$ 16,4 bilhões em ações americanas, marcando o sétimo período consecutivo de entradas. Historicamente, quando o S&P 500 supera 20% até novembro, dezembro tende a seguir a tendência, com retorno médio de 2,4%.
Bitcoin: um ativo digital em ascensão
Com uma capitalização de mercado próxima de US$ 1,89 trilhão, o bitcoin rivaliza com as maiores empresas dos EUA. Sua trajetória em 2025 dependerá de avanços no ambiente regulatório e do entusiasmo crescente em torno das criptomoedas no governo Trump.
Trump já sugeriu iniciativas para fazer dos EUA um centro global de criptoativos, promover regulamentações favoráveis e até criar uma reserva nacional de bitcoin. Empresas como MicroStrategy (NASDAQ:MSTR), que já possui US$ 18 bilhões em bitcoin, estão liderando a adoção corporativa, enquanto outras exploram o ativo como proteção contra inflação e oportunidade especulativa.
Embora a criação de uma reserva nacional de bitcoin para lastrear dívidas e mitigar a depreciação do dólar seja uma ideia inovadora, enfrenta resistência de figuras como o presidente do Fed, Jerome Powell. Também há dúvidas sobre quem gerenciaria essa reserva e como seria financiada – seja por venda de ativos como ouro, emissão de títulos ou aumento do endividamento.
Qual deve se destacar em 2025?
Ações e bitcoin oferecem potenciais emocionantes, mas seus desempenhos estão ligados a fatores diferentes.
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Ações: beneficiam-se de uma economia sólida e bons resultados corporativos, mas estão vulneráveis a mudanças políticas e riscos tarifários.
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Bitcoin:dependerá de avanços regulatórios, suporte governamental e maior adoção por empresas.
A escolha entre os dois depende do perfil de risco e da estratégia de cada investidor. Para os que buscam crescimento consistente, ações podem ser uma aposta segura. Já para aqueles dispostos a assumir maiores riscos em busca de retornos potencialmente elevados, o bitcoin permanece uma opção intrigante.
Independentemente da escolha, 2025 promete ser um ano cheio de oportunidades para investidores atentos.