por Pinchas Cohen
A Semana Que Passou
As ações estavam mistas na semana passada, ressaltando a preferência dos investidores. A saída dos ativos de tecnologia continuou, mas mesmo após o encerramento da semana passada, o setor ainda superou o índice S&P 500. O setor de tecnologia está atualmente em alta de 30,89%, quase o dobro do ganho de 17,45 do índice de referência. E mesmo durante uma semana perdedora, as ações de tecnologia ganharam 0,15.
Assim como as ações de tecnologia são consideradas caras neste momento, as empresas de tecnologia dão aos investidores um valor relativo negativo em face aos possíveis cortes nos impostos das empresas, a maior iniciativa da agenda atual da Trump que parece estar em curso. A taxa de impostos proposta de 20% deixa de fora as empresas de tecnologia, cuja taxa média efetiva já está em 18,5%.
Embora os maiores beneficiários da classe de ativos parecem ser as empresas domésticas de pequeno e médio porte cuja taxa efetiva de impostos é de 32%, o Russell 2000 perdeu 1% na semana passada.
O maior beneficiário, o setor Financeiro, tem a maior taxa efetiva de impostos entre maiores capitais, de 27,5%, superou, 1,56%. Tal como o Russell 2000, o peso pesado de tecnologia da informação NASDAQ Composite caiu na semana passada, embora menos do que o índice de pequenas e média, caindo apenas 0,10%.
O Dow Jones Industrial Average ganhou 0,40%, e o índice S&P 500 ganhou 0,35%. Ambos os índices alcançaram um recorde de fechamento na sexta-feira. Para o S&P 500 foi o 57º ano do ano.
Além da reforma tributária que recentemente impulsionou o mercado, a economia tem surpreendentemente cooperado. A versão Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola da sexta-feira mostrou que foram criados 228.000 novos empregos em novembro, superando as previsões. De importância ainda maior - e também o maior desafio potencial para a expansão econômica - o ganho horário médio cresceu 2,5% ao ano, acelerando a partir da taxa de 2,3% observada no relatório do mês passado.
Os economistas suspeitam que a diminuição do crescimento salarial seja o motivo da incapacidade da inflação subir. Isso é compreensível, considerando uma economia desenvolvida que depende dos gastos do consumidor para o crescimento econômico. Naturalmente, quanto maior a renda disponível para os consumidores, mais provável que gastem.
Embora o crescimento da inflação seja promissor para a progressão econômica, ela permanece modesto. Portanto, é improvável que acelere a trajetória de alta das taxas de juros do Federal Reserve no próximo ano. Em vez disso, os mercados esperam que o banco central dos EUA mantenha o curso - incluindo sua terceira alta de juros deste ano na próxima semana -, além de reduzir o balanço, uma vez que a inflação vem aumentando a partir de mínimos de meados do ano, mesmo quando o mercado de trabalho permanece robusto e o PIB 3% mais alto nos dois últimos trimestres. Tudo dito, e comparado com os números mais lentos vistos anteriormente, estes pintam uma imagem de saúde econômica, uma vantagem para os altistas do mercado.
Não podemos deixar de notar que ao justapor os dois catalisadores, a política fiscal e o crescimento econômico, eles ocorreram na ordem inversa. Embora os cortes de impostos ainda não se materializem - e os investidores não sabem como pode ficar a conta final - o crescimento econômico já aconteceu. Em outras palavras, não sabemos se a política fiscal continuará a sustentar estimativas de mercado historicamente altas, assim como não podemos prever se a economia continuará a crescer no ritmo atual.
Nos últimos três meses, as pequenas e médias empresas apresentaram desempenho superior, sendo que Russell cresceu 9,6% em relação aos 6,99% da S&P 500. Vale a pena notar que, tradicionalmente, as pequenas e médias empresas se superam nas altas do mercado, já que o apetite crescente apetite dos investidores torna-os cada vez mais especulativos. Claro, a narrativa do mercado atualmente diz algo: a superação foi impulsionada pelos ganhos potenciais de cortes nos impostos corporativos. Então, por que, na semana após o Senado aprovar seu projeto de lei fiscal, o Russell 2000 caiu 1%?
O mercado de futuros do bitcoin começou ontem noite, às 21:00 via CBOE (NASDAQ:CBOE). A volátil criptomoeda quase dobrou de preço desde o início de dezembro, atingindo um pouco mais de US$ 19.000,00 por moeda na quinta-feira em algumas bolsas antes de cair mais de US$ 3.000,00 na sexta-feira. O mercado futuro do bitcoin irá quebrar os mercados futuros ou capturar US$ 10 bilhões em negócios, como alguns estão prevendo?
A Semana à Frente
Todos os horários de Brasília
Os operadores de moedas irão desfrutar de um ambiente rico em objetivos na próxima semana. O Federal Reserve anuncia taxas de juros na quarta-feira, enquanto na quinta-feira acontece uma reunião de política de bancos centrais: o Banco Nacional Suíço, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra se reúnem. A semana encerrará com uma decisão das taxas de juros da Rússia na sexta-feira.
Segunda-feira
13:00: USA - Ofertas de Emprego JOLTs (novembro): a leitura anterior foi de 6,093M
Terça-feira
07:30: Reino Unido – IPC (novembro): espera-se que aumente de 3% para 3,1% ao ano e de 0,1% para 0,2% ao mês. O IPC Núcleo deverá aumentar de 2,7%, para 2,8% ao ano.
08:00: Alemanha – Índice ZEW (dezembro): a previsão do sentimento econômico deverá cair de 18,7 para 16. Mercados a observar: pares do EUR
11:30: USA– IPP (novembro): deve manter a previsão de 0,04% ao mês
21:30: Austrália – Confiança do Consumidor Westpac (dezembro): deverá cair de 99,7 para 97.
Quarta-feira
07:30: Reino Unido – Dados de emprego: A taxa de desemprego de outubro manteve os 4,3%, enquanto variação no número de desempregados cresce em 2300 em novembro a partir dos 1100 em outubro. Os ganhos médios deverão aumentar 2,1% em outubro, de 2,2% em setembro.
21:30: USA – IPC (novembro): deve ficar em 2% em relação ao ano anterior e subir para 0,3% ao mês de 0,1%, enquanto o IPC núcleo deverá diminuir de 1,8% para 1,7% ao ano.
13:30: EUA – EIA Estoques de Petróleo Bruto (semana encerrada em 8 de dezembro): os estoques devem aumentar em 1,7 milhões de barris após aumentarem 6,8 milhões na semana anterior.
Na semana passada, o preço do petróleo teve a segunda queda semanal consecutiva, o primeiro desde julho-agosto, quando teve cinco quedas semanais consecutivas. Esta segunda queda semanal segue o aumento de 37% entre a semana que terminou em 19 de junho e a semana que terminou em 20 de novembro, o maior aumento desde o aumento de 67% entre a semana que terminou em 8 de fevereiro e a semana que terminou em 23 de maio de 2016. Depois de chegar ao topo da sua cunha ascendente bearish, será que repetirá o mesmo comportamento da correção de 15% entre 23 de maio e 25 de julho?
17:00: USA - Decisão de taxa de juros do FOMC, declaração e (coletiva de imprensa às 19:30): Espera-se que o Fed aumente as taxas de 1,25% para 1,5%. Fiquem atentos aos comentários adicionais sobre a política futura e sobre a liquidação das compras do quantitative easing (QE).
Considerando que esta será a última reunião de Janet Yellen não está claro o impacto que a sua coletiva de imprensa terá sobre os investidores. Ainda assim, o USD poderia subir mais depois do fato. Presumivelmente, ela não projetaria um caminho que se desviaria do único que o governador do Fed, Jerome Powell, pretende liderar ... mas não devemos presumir.
22:30: Austrália – Dados de emprego (novembro): A previsão da taxa de desemprego aumentará de 5,4% para 5,5%, enquanto a variação no emprego está prevista para que 19.200 empregos sejam criados a partir dos 3700 do mês anterior.
22:30: Japão – PMI Industrial (dezembro, estimativa): deverá cair de 53,6 para 53,2.
Quinta-feira
0:00: China – Vendas no Varejo (novembro): deverá aumentar de 10% para 10,2% ao mês
Investidores experientes familiarizados com a análise intermercado acompanharão a taxa de crescimento econômico da segunda maior economia global. Eles entendem que quando a China esfria, as principais commodities são liquidadas, pesando nas ações em todo o mundo.
06:30: Alemanha – PMI Industrial (dezembro): deverá cair de 62,5 para 62,2.
06:30: Suíça – Avaliação da Política Monetária do SNB:
A debilidade recente do franco suíço ajudou a enfraquecer a sua superavaliação, tornando altamente improvável que os formuladores de políticas elevem as taxas dos atuais 0,75%, tendo em vista que a moeda suíça ainda está altamente avaliada. Além disso, é amplamente assumido que aumentarão as taxas antes do BCE.
07:00: Suíça – Coletiva de Imprensa do SNB
07:30: Reino Unido – Vendas no Varejo (novembro): previsão de queda de 0,6% dos 0,3% ao ano, e subir 0,1% dos 0,3% ao mês.
10:00: UK – Decisão da Taxa de Juros do BoE
Considerando a bagunça no Reino Unido, com a incerteza sobre a Brexit, o crescimento salarial não está acompanhando o aumento da inflação devido ao maior custo das exportações com uma libra mais fraca após o Brexit e a baixa produtividade. A informação se os formuladores de políticas elevarão as taxas é insondável. E mesmo que a libra esteja em uma trajetória ascendente, ainda está 10,75% mais fraca do que antes do voto Brexit em junho de 2016. Na verdade, o consenso é que não haverá mais aumentos antes do final do próximo ano. Os únicos pensamentos que os altistas da GBP podem esperar são comentários hawkish para levantar a libra, juntamente com o seu humor.
10:45: Zona do Euro – Decisão da Taxa de Juros BCE (8:30 Coletiva de Imprensa)
Espera-se que o banco central deixe a política inalterada. Uma vez que o presidente do BCE, Mario Draghi, deverá prometer o apoio à economia ao manter taxas extremamente baixas no futuro previsível, deixará os investidores aguardando comentários sobre qualquer alteração do QE, o que pode provocar um frenesi do euro. Naturalmente, mesmo a retórica sobre mudanças de taxas previsíveis deve criar uma volatilidade maciça para o euro. E como o maior parceiro do dólar, para o dólar também.
11:30: USA – Vendas no Varejo (novembro), Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego (semana encerrada em 9 de dezembro): as vendas no varejo deverão aumentar de 0,2% para 0,3% ao mês, enquanto os pedidos por seguro desemprego esperados são de 236K. Mercados observar: Índices USA, USD crosses
12:45: USA – PMI da Indústria e Serviços (dezembro, estimativa): O PMI industrial deverá aumentar de 53,9 para 54,1, enquanto o PMI de serviços aumentar de 54,5 para 55,2.
Sexta-feira
08:30: Rússia – Decisão da Taxa de Juros da Rússia (dezembro):
Espera-se que o Banco da Rússia reduza as taxas de juros dos 8,25% para 8%, o que pode ter um efeito positivo no rublo.
08:30: USA – Índice Empire State de Atividade Industrial (dezembro): Deverá aumentar de 19,4 para 26.