Investir em qualquer um dos 11 setores do índice S&P 500 pode ajudar qualquer um a diversificar seu portfólio. Na terça-feira, discutimos o uso de ETFs para conseguir participação em três setores do SPX: Serviços de comunicação, itens de primeira necessidade e artigos de luxo. Hoje, analisamos os fundos que proporcionam acesso aos setores de Energia, Finanças e Saúde.
1. Energia
O Energy Select Sector SPDR® Fund (NYSE:XLE) investe no segmento de petróleo e gás, além de empresas que operam nos ramos de equipamento e serviços energéticos.
O XLE detém 21 posições e acompanha o Energy Select Sector Index. O fundo foi lançado em dezembro de 1998. Atualmente, tem mais de US$ 25,6 bilhões sob sua gestão.
Gigantes do petróleo como a Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) e a Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34) representam quase 45% do ETF. Isto significa que grandes oscilações nas ações desses dois nomes afetam significativamente o XLE. Outras principais posições incluem EOG Resources (NYSE:EOG) (SA:E1OG34), ConocoPhillips (NYSE:COP) (SA:COPH34), Schlumberger (NYSE:SLB) (SA:SLBG34), Pioneer Natural Resources (NYSE:PXD) (SA:P1IO34) e Phillips 66 (NYSE:PSX) (SA:P1SX34).
Em outubro, os preços do petróleo atingiram máximas plurianuais, proporcionando um bom momento a muitos nomes no fundo. No entanto, desde então, as manchetes da ômicron pressionaram o setor.
Apesar disso, o XLE, que também registrou uma máxima plurianual, continua subindo mais de 44,5% em 2021. Além disso, o atual preço de US$ 56,10 no fechamento de segunda-feira suporta um dividend yield de 5,11%. As relações P/E e P/B são de 14,18 x e 1,85 x, respectivamente. Embora as notícias sobre as variantes da Covid-19 possam significar mais oscilações nos preços, os investidores de longo prazo podem considerar um investimento nestes níveis.
Dois outros ETFs atraentes a se pesquisar neste setor são o Vanguard Energy Index Fund ETF Shares (NYSE:VDE) e o Fidelity® MSCI Energy Index ETF (NYSE:FENY).
2. Finanças
Em 2022, Wall Street antecipa dois ou mesmo três aumentos de juros pelo Federal Reserve. Esta expectativa colocou o setor financeiro no radar dos investidores, já que estas empresas normalmente se beneficiam de margens de lucro mais elevadas quando os juros sobem, levando a fortes retornos sobre o preço das ações.
O Financial Select Sector SPDR® Fund (NYSE:XLF) proporciona exposição a um grupo diversificado de firmas de serviços financeiros, como bancos, seguradoras, fundos de investimento imobiliário (REITs), gestores de ativos e corretoras.
O XLF, que acompanha o retorno do Financial Select Sector Index, detém 67 participações. Ele começou a ser negociado em dezembro de 1998, e os ativos líquidos está na faixa dos US$ 43,4 bilhões.
Entre os principais nomes da lista estão Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34), JPMorgan Chase (NYSE:JPM) (SA:JPMC34), Wells Fargo (NYSE:WFC) (SA:WFCO34), Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34), Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) e BlackRock (NYSE:BLK) (SA:BLAK34). Cerca de 55% do fundo concentra-se nas 10 principais ações.
Até agora, este ano, o fundo apresenta alta de cerca de 31,5%, tendo alcançado uma máxima histórica no final de outubro. Ao preço de encerramento de segunda-feira de US$ 39,22, o ETF proporciona um dividend yield de 1,9%. As relações P/E e P/B são de 13,47 x and 1,67 x. Apesar dos fortes retornos em 2021, ainda estamos otimistas com muitos dos nomes no fundo.
Os leitores que esperam que o setor se beneficie de possíveis aumentos nos juros também podem considerar outros ETFs, como o Vanguard Financials Index Fund ETF Shares (NYSE:VFH) e o iShares U.S. Financials ETF (NYSE:IYF).
3. Saúde
Este ano começou com notícias positivas sobre diversas vacinas contra a Covid que ajudaram as economias globais a voltar ao normal. Consequentemente, os investidores se interessaram pelos chamados "trades de oportunidade", ações que estavam esquecidas devido aos lockdowns desencadeados pela pandemia. As ações de saúde não faziam necessariamente parte desse cenário. Entretanto, o número crescente de casos de coronavírus em função da variante ômicron nas últimas semanas voltou a colocar as ações de saúde em destaque.
A indústria de saúde dos EUA é a maior do mundo. O Health Care Select Sector SPDR® Fund (NYSE:XLV), um dos ETFs mais antigos do segmento, investe em empresas de biofarma e ciências da vida, além de empresas que fabricam ou distribuem insumos e equipamentos de saúde. Desde a sua criação, em dezembro de 1998, os ativos sob gestão do fundo cresceram para US$ 35,4 bilhões.
O XLV, que possui 64 ações, acompanha os retornos do Health Care Select Sector Index. Em termos de subsetores, eles incluem produtos farmacêuticos, que representam 27,89% do fundo, equipamentos e insumos de saúde (22,43%), prestadores e serviços de saúde (20,78%), ferramentas e serviços de ciências da vida (14,95%), entre outros.
Perto de 55% dos ativos do fundo estão concentrados nos 10 principais nomes, incluindo UnitedHealth (NYSE:UNH) (SA:UNHH34), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34), Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), Thermo Fisher Scientific (NYSE:TMO) (SA:TMOS34), Abbott Laboratories (NYSE:ABT) (SA:ABTT34), AbbVie (NYSE:ABBV) (SA:ABBV34), e Merck (NYSE:MRK) Merck (SA:MRCK34).
Desde o início do ano, o ETF alcançou um retorno de mais de 22,8% e atingiu a máxima histórica nos últimos dias. Atualmente, seu preço de US$ 140,77 dólares no fechamento de ontem suporta um dividend yield de 1,53%. As relações P/E e P/B são de 18,30 x e 5,30 x. Dada a recente escalada do preço, os leitores interessados podem esperar por uma possível queda rumo nível dos US$ 130.
Além do XLV, os investidores podem incluir os dois fundos do setor a seguir em seu radar: o Vanguard Health Care Index Fund ETF Shares (NYSE:VHT) e o iShares Biotechnology ETF (NASDAQ:IBB).