- Após a tentativa de assassinato na semana passada, as chances de Trump ser eleito estão aumentando.
- Isso é evidente nos mercados financeiros, pois a probabilidade de uma vitória começa a ser precificada.
- Neste artigo, daremos uma olhada em como os mercados financeiros poderiam reagir a uma possível vitória de Trump.
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Os mercados têm ajustado suas expectativas para uma possível volta de Donald Trump à Casa Branca, após a tentativa de assassinato contra ele neste fim de semana.
O chamado "Trump Trade", que é mais diretamente representado pelo Trump Media & Technology Group (NASDAQ:DJT), vai muito além das ações, abrangendo diversos setores.
Além da valorização de 31% do DJT ontem, o ouro, o Bitcoin e os títulos do governo também registraram ganhos. A reavaliação das chances de uma vitória de Trump está chamando mais atenção para vários setores do mercado.
Por outro lado, alguns setores já estão sentindo os efeitos das mudanças no cenário político.
Portanto, independentemente de acreditar ou não que Trump será reeleito, vale a pena considerar três estratégias para capitalizar nessa tendência:
1. Apostando na alta das ações
O S&P 500 fechou em alta na segunda-feira, alcançando novos recordes. Especula-se que um novo mandato de Trump poderia impulsionar um rali no mercado de ações, especialmente favorecendo setores que se beneficiariam de menos regulações e mais liberdade empresarial. Essa expectativa estimula a previsão de aumento nos lucros das empresas, o que impulsionaria os preços das ações, embora de forma variada entre os setores.
Além disso, o desacordo aberto de Trump com as políticas atuais do Federal Reserve, sob a liderança de Jerome Powell, poderia alterar drasticamente as expectativas futuras para cortes nas taxas de juros, beneficiando as ações.
2. Evite energias renováveis; prefira petróleo e Big Tech
As ações do setor de petróleo nos EUA, como Occidental Petroleum Corporation (NYSE:OXY), que subiu 1,31%, e Exxon Mobil (NYSE:XOM), que avançou 1,71%, ganharam destaque na segunda-feira. Em contrapartida, as empresas de energia alternativa, como a Nextera Energy (NYSE:NEE), enfrentaram uma pressão de venda aumentada, antecipando um possível retorno republicano ao poder.
Essas empresas dependem significativamente de subsídios governamentais, e uma administração Trump poderia cortar os financiamentos para projetos ambientais.
Apesar das potenciais tensões, a ênfase de Trump na expansão econômica pode favorecer políticas que beneficiem as grandes empresas de tecnologia, fundamentais na competição com a China. Contudo, empresas como a Meta (NASDAQ:META) podem continuar sob vigilância devido a disputas anteriores.
3. Ações americanas se beneficiarão, mas cuidado com a inflação e déficits fiscais
No cenário internacional, é provável que as relações comerciais se tornem mais restritivas, com novas tarifas visando empresas que dependem da produção estrangeira ou que visam o mercado americano.
Uma preocupação dominante no mercado é a trajetória da dívida dos EUA. Análises recentes do Wall Street Journal indicam que a maioria dos analistas espera que uma administração republicana resulte em maior inflação, déficits governamentais e custos de empréstimos.
Conclusão
O rendimento dos títulos do governo dos EUA atingiu brevemente 4,25% na segunda-feira antes de cair no início das negociações de terça-feira. Esta flutuação destaca uma mudança importante: ao contrário da turbulência de mercado que seguiu a vitória de Trump sobre Hillary Clinton em 2016, o sentimento atual mostra uma apreensão reduzida.
Os analistas não veem mais Trump com o mesmo grau de incerteza e medo. Antes, ele era visto como um elemento imprevisível, com os mercados reagindo de forma acentuada. Hoje, contudo, seu possível retorno ao poder é visto como um cenário plausível e já considerado nas expectativas de mercado. Figuras influentes como Elon Musk, da Tesla, e o gestor de fundo de hedge Bill Ackman manifestaram recentemente apoio a Trump, reforçando a confiança crescente em sua candidatura entre os principais agentes financeiros.
Este novo contexto sugere uma reajuste nas reações e expectativas do mercado, caracterizado por uma resposta mais moderada a desenvolvimentos políticos que antes eram vistos como eventos de alto risco.
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