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É Hora de Investir na Apple Após a Empresa Entrar em Bear Market?

Publicado 13.05.2022, 09:42
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  • A Apple já recuou mais de 20% desde seu pico de janeiro.
  • A empresa tem histórico de resistir a crises econômicas.
  • Caixa da Apple oferece sólido suporte.
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  • A empresa mais valiosa dos EUA, a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), acaba de entrar em bear market, isto é, em tendência de baixa, emitindo sinais de que o mau momento atual pode se estender.

    A fabricante do iPhone, que já foi considerada uma das apostas mais seguras durante momentos de turbulência, recuou mais de 19% desde o pico do início de janeiro. As ações da Apple fecharam o pregão de quinta-feira cotadas a US$ 142,56.

    AAPL semanal

    A gigante da tecnologia sediada em Cupertino, Califórnia, também perdeu seu status de empresa mais valiosa do mundo. Na quinta-feira, a Saudi Aramco (TADAWUL:2222) era negociada em seus níveis mais elevados, com uma capitalização de mercado de cerca de US$ 2,43 trilhões, ultrapassando a Apple pela primeira vez desde 2020.

    Ninguém sabe quando essa liquidação vai terminar, mas há fortes indícios de que os papéis da Apple irão se recuperar após essa correção.

    Os investidores consideram que a Apple seja uma espécie de “porto seguro”, graças à sua vasta participação no mercado mundial de smartphones, ao seu longo histórico de rentabilidade e ao seu sólido balanço. A atual turbulência de mercado não indica que a liderança da Apple nessas áreas esteja ameaçada.

    No ano, a Apple acumula queda de cerca de 19% em comparação com um declínio de mais de 27% do índice Nasdaq 100. A Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34), segunda maior ação americana, com uma capitalização de mercado de US$ 1,99 trilhão, acumula queda de 24% neste ano.

    Lucro trimestral recorde

    A Apple também é uma empresa altamente lucrativa. Sua margem bruta, que girava em torno de 38% antes da pandemia, agora ultrapassou 43%, graças à sua mudança de receita com base em produtos mais sofisticados e que oferecem melhores margens, como os novos modelos de iPhone habilitados para 5G.

    No mês passado, a empresa reportou US$ 97,3 bilhões em vendas para o período encerrado em 31 de março, o que constitui um recorde para um trimestre que não inclui as festas de fim de ano. O trimestre de dezembro também registrou vendas espetaculares, superando as estimativas de Wall Street ao atingir a máxima histórica de quase US$ 124 bilhões.

    O caixa da Apple oferece outra boa razão para os investidores que buscam refúgio nos atuais períodos de incerteza. Com as maiores reservas de caixa corporativo do planeta, as quais somam mais de US$ 200 bilhões, a companhia tem poder de fogo suficiente para respaldar suas ações com programas de recompra.

    Os investidores gostam de programas de recompra, pois eles reduzem o número de papéis da companhia em circulação e aumentam seus rendimentos, principalmente em momentos de turbulência, como o que estamos enfrentando.

    Warren Buffett, cuja empresa de investimento é uma das maiores acionistas da Apple, beneficiou-se imensamente dessa tendência. Buffett montou uma posição de US$ 159 bilhões em Apple desde que sua empresa Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34) começou a comprar o papel no fim de 2016.

    Buffett disse à CNBC neste mês que havia adquirido US$ 600 milhões em ações da Apple após o declínio de três dias da ação no trimestre passado. A Apple é a maior participação única do conglomerado, com um valor de US$ 159,1 bilhões ao final de março, representando cerca de 40% do seu portfólio de ações.

    Em razão do sólido apelo da ação no longo prazo, a maioria dos 45 analistas pesquisados pelo Investing.com recomenda compra nos papéis da Apple, com um preço-alvo consensual de 12 meses que implica um potencial de alta de 33%.

    AAPL - estimativas consensuais

    Fonte: Investing.com

    Conclusão

    É difícil prever quando o atual ciclo de baixa terminará para a Apple e outras mega-ações de tecnologia. Mas essa fraqueza é uma oportunidade para que investidores de longo prazo montem um posição na Apple, que deve se recuperar forte, graças ao seu robusto plano de recompra de ações, à retomada das vendas de iPhone e às suas impressionantes margens.

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