Investing.com - As últimas nomeações de Emmanuel Macron para o novo governo francês, sugeridas pelo primeiro-ministro Barnier, têm causado preocupação entre alguns investidores. Apesar de marcar o fim do período de transição pós-eleitoral, as direções políticas futuras na França ainda são incertas, gerando um ambiente de dúvida.
Segundo um relatório do Citi, o novo governo não possui uma verdadeira maioria parlamentar, contando apenas com o apoio de 220 dos 577 deputados.
O relatório destaca que a ausência de alianças formais obriga o governo a negociar cada item legislativo, o que torna sua missão mais complicada do que a de governos anteriores desde o início da Quinta República em 1958.
O Citi também menciona que o governo planeja apresentar um novo orçamento no início de outubro, que deverá ser baseado em grande parte no orçamento vigente.
Embora a contenção de gastos possa diminuir as despesas, as metas de redução do déficit para menos de 3% do PIB até 2027 permanecem duvidosas. Prevê-se que o déficit fique em torno de 5% nos próximos anos, podendo atingir 6% este ano.
As críticas da Frente Nacional aumentaram a complexidade da situação, já que a operacionalidade do governo depende do apoio de outras forças políticas, incluindo a extrema-direita, que pode demandar concessões.