Por Rory Carroll
LAS VEGAS (Reuters) - Mercedes e Lewis Hamilton estão trabalhando normalmente no momento, mas as emoções sem dúvida se manifestarão à medida que a transferência do britânico para a Ferrari na próxima temporada se tornar realidade, disse o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, nesta quinta-feira.
O chefe da Ferrari, Fred Vasseur, não pediu a liberação antecipada de Hamilton, sete vezes campeão da Fórmula 1, e Wolff afirmou que o piloto mais bem-sucedido do esporte terá uma despedida adequada após 11 anos ao volante da Mercedes.
"Não há nenhuma emoção enorme agora que isso está acabando... (mas) a última corrida juntos será algo muito especial, porque tivemos essa parceria maravilhosa por muito tempo", afirmou Wolff após o primeiro treino para o Grande Prêmio de Las Vegas, na madrugada do próximo domingo.
"Mas, dito isso, Lewis não vai desaparecer. Lewis estará no grid no próximo ano com uma Ferrari. Não estamos perdendo a pessoa, estamos apenas perdendo o piloto. Mas estamos embarcando em um novo futuro."
Hamilton, 39 anos, teve dificuldades nesta temporada. Ele disse que teve vontade de abandonar a Mercedes mais cedo depois de terminar em 10º lugar em São Paulo no início deste mês, dizendo que tinha sido "um fim de semana desastroso" e o pior que o carro já esteve.
Wolff também chamou a atenção quando foi citado em um livro publicado recentemente, dizendo que "todo mundo tem um prazo de validade" e que a transferência para a Ferrari significava que ele não teria que tomar a decisão de se livrar de Hamilton.
Na última quinta-feira Wolff reiterou que as citações foram tiradas de contexto e disse que a dupla já superou o assunto.
(Reportagem de Rory Carroll em Las Vegas)