Por Valerie Volcovici e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira o retorno dos EUA ao acordo internacional de Paris para enfrentar as mudanças climáticas, como parte de uma série de medidas com o objetivo de restaurar a liderança do país no combate ao aquecimento global.
O anúncio também incluiu um decreto abrangente para revisar todas as ações do ex-presidente Donald Trump enfraquecendo o combate às mudanças climáticas, a revogação de uma licença vital ao projeto de oleoduto Keystone XL, da TC Energy’s, e uma moratória a atividades de exploração de óleo e gás no Refúgio Nacional de Vida Selvagem no Ártico, que o governo Trump havia recentemente aberto para desenvolvimento.
As ordens do presidente recém-empossado marcarão o começo de uma grande reversão de políticas no segundo maior emissor de gases do efeito estufa do mundo, atrás da China, depois de o governo Trump atacar a ciência do clima e recuar em regulamentações ambientais para maximizar o desenvolvimento de combustíveis fósseis.
Biden prometeu colocar os Estados Unidos no caminho do saldo zero em emissões até 2050 para cumprir os cortes abruptos e globais que os cientistas dizem que são necessários para evitar os impactos mais devastadores do aquecimento global, com restrições a combustíveis fósseis e amplos investimentos em energias limpas.
O caminho não será fácil, no entanto, com divisões políticas nos Estados Unidos, oposição das empresas de combustíveis fósseis e parceiros internacionais cautelosos com as mudanças nas políticas dos Estados Unidos obstruindo o trajeto.
Trump retirou os EUA do Acordo de Paris de 2015 para o combate às mudançcas climáticas no ano passado, argumentando que era custoso demais à economia norte-americana.