(Reuters) - O Iguatemi (SA:IGTA3) informou nesta sexta-feira que as vendas em lojas de seus shopping centers somaram 3,6 bilhões de reais no quarto trimestre, uma queda de 14,4% ante mesma etapa de 2019, ainda refletindo os efeitos da pandemia da Covid-19.
Segundo a companhia, no conceito mesmas lojas as vendas recuaram 11,8% nos mesmos períodos de comparação.
Segundo a administradora, ainda há operações com restrições de 30% a 60% em suas capacidades de funcionamento, como os segmentos de alimentação, entretenimento e serviços.
Ainda assim, com a melhora gradual das vendas, diante da flexibilização das medidas de isolamento social, o Iguatemi disse que seguiu retirando descontos, chegando a uma cobrança líquida de 97,6% no quarto trimestre ante 66,5% no período de julho a setembro.
E o índice de inadimplência caiu de 13,4% no terceiro trimestre para 9,3% no último quarto do ano.
Porém, o nível de vacância dos shoppings da rede seguiu crescendo, atingindo 9% no quarto trimestre, após índices de 8,4%, 7,5% e 6,8% no terceiro, segundo e primeiro trimestres, respectivamente.
"Em decorrência da tendência de melhora vista nos últimos trimestres e na expectiva que ela continuará ao longo dos próximos meses (...), tivemos um aumento de interesse por locação de nossos espaços", afirmou o Iguatemi adiantando que para 2021 já tem o equivalente a 2,1% de sua ABL total em contratos assinados e 0,6% em contratos no processo final, com inaugurações previstas para este primeiro semestre de 2021.
Os números são divulgados, porém, em meio a uma série de medidas de aperto do isolamento social e restrição ao comércio, diante do recrudescimento da pandemia no Brasil.
Nesta sexta-feira, o governo de São Paulo adotou o Estado na fase vermelha, com bares, restaurantes, comércios não essenciais e shoppings sendo proibidos de funcionar entre 20h e 6h nos dias úteis e também aos finais de semana e feriados.
(Reportagem de Aluísio Alves)