Investing.com – Analistas do UBS alertam para o aumento dos riscos de uma possível bolha no mercado de ações, à medida que os rendimentos dos títulos públicos sobem, atribuindo 35% de probabilidade de que isso ocorra em breve.
Em uma nota publicada na quinta-feira, o banco afirmou: "Vemos 35% de chance de uma bolha". O UBS destacou que uma bolha pode surgir caso determinadas condições se concretizem, especialmente em setores altamente valorizados, como o de tecnologia.
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Os analistas apontaram que, historicamente, "o índice P/L (preço/lucro) das áreas associadas a bolhas (que podem representar até 40% da capitalização de mercado) atinge pelo menos 45 vezes" quando os rendimentos dos títulos sobem para 5,5%.
Atualmente, o índice P/L das chamadas "6 Magníficas" empresas de tecnologia está em 34 vezes. O UBS menciona a “posição excepcionalmente sólida dos balanços corporativos (especialmente no setor de tecnologia)” em comparação às finanças governamentais como um fator que pode sustentar avaliações elevadas, mesmo com a alta dos rendimentos.
A nota também oferece uma análise detalhada do desempenho regional em cenários de aumento dos rendimentos dos TIPS (Treasury Inflation-Protected Securities, títulos protegidos contra a inflação nos EUA).
O UBS explica que o Japão, historicamente, tem sido a região de melhor desempenho em termos de moeda local, enquanto mercados emergentes com grandes déficits em conta corrente, como o Brasil, tendem a apresentar desempenho inferior em dólares.
O banco recomenda cautela em relação aos setores cíclicos não financeiros, que, segundo ele, "estão precificando PMIs muito elevados e negociam com índices P/L e P/S próximos de recordes em relação aos setores defensivos."
Em vez disso, o UBS demonstra preferência por ações defensivas com baixa alavancagem financeira, destacando empresas como Microsoft (NASDAQ:MSFT), Abbott, SAP, Tesco (OTC:TSCDY) e BAE Systems (LON:BAES).
Para investidores preocupados com políticas populistas ou inflação, o UBS sugere “posicionar-se em ações de instituições financeiras como proteção contra populismo.” Bancos europeus e seguradoras de vida, em particular, podem se beneficiar se as expectativas de inflação aumentarem.
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