Investing.com – A liquidez, ou oferta monetária, nos Estados Unidos vem registrando uma expansão contínua, superando até mesmo as projeções mais otimistas, de acordo com uma nota recente do JPMorgan (NYSE:JPM).
"A oferta monetária nos EUA segue crescendo de forma expressiva", afirmou o banco.
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O JPMorgan explicou que, desde maio de 2023, a oferta monetária americana teve uma expansão de US$ 2,2 trilhões, representando um aumento de 9,6%.
"Essa criação de dinheiro acelerada e superior ao crescimento nominal do PIB nos últimos 18 meses provavelmente impactou os ativos financeiros, em especial as ações nos Estados Unidos", acrescentou a instituição.
O banco atribui esse crescimento ao menor uso, por parte do Fed, de operações do tipo “reverse repo”, similares às operações compromissadas no Brasil, bem como à criação de crédito por meio de empréstimos bancários e às compras de títulos pelos bancos comerciais americanos.
Os analistas do JPMorgan projetam que esse cenário de liquidez favorável deve continuar ao longo deste ano, mesmo com as alocações de caixa permanecendo em níveis baixos.
Embora a baixa alocação de caixa por parte dos investidores não deva, de imediato, limitar os efeitos desse aumento de liquidez nos ativos financeiros dos EUA, o JPMorgan alerta que isso representa uma vulnerabilidade.
"Essas alocações reduzidas de caixa não necessariamente impedem que a criação de liquidez nos EUA continue impulsionando os ativos financeiros, mas, no caso de um choque negativo no futuro, podem levar os agentes econômicos a recompor suas reservas de caixa, como ocorreu em março de 2020 ou em 2022."
Paralelamente, o JPMorgan observou que, apesar do forte fluxo direcionado às ações americanas e das amplas posições compradas, há "poucas evidências de proteções no mercado de ações dos EUA, seja por meio de opções ou posições vendidas."
No entanto, os analistas apontaram indícios de um aumento nas proteções contra a volatilidade do mercado de ações.
"Há sinais de que investidores têm usado opções sobre o dólar e o ouro como proteções contra quedas em ativos de risco", afirmaram.
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