Investing.com – A MRV Engenharia (BVMF:MRVE3), maior construtora residencial da América Latina, apresentou geração de caixa de R$ 370 milhões no quarto trimestre de 2024, conforme prévia operacional divulgada ao mercado, com resultado positivo em todas as subsidiárias. No entanto, analistas divergem sobre a avaliação destes números e se eles seriam o suficiente, diante da alta alavancagem da empresa.
Os números operacionais foram considerados positivos pelo Itaú BBA. “O dia do fluxo de caixa positivo finalmente chegou”, comemorou o banco, citando melhora nos lançamentos e vendas, com margens sólidas em novos negócios.
“Estimamos que seja o primeiro trimestre de fluxo de caixa positivo no negócio brasileiro em anos (ajustando para vendas de recebíveis e swap)”, completaram os analistas Daniel Gasparete, Luiz Capistrano, Mariangela Castro e Alejandro Fuchs. O Itaú BBA possui indicação outperform para MRV, com preço-alvo de R$10.
Nem todos os analistas avaliaram desta forma. O banco BTG (BVMF:BPAC11) considerou os dados mistos, com vendas sólidas, mas fluxo de caixa desapontando. A empresa cumpriu o guidance, mas “com vendas de créditos muito mais elevadas do que inicialmente previsto (o que significa que o FCF operacional foi mais fraco do que o esperado)”.
Os analistas do BTG Gustavo Cambauva e Elvis Credendio elogiaram as iniciativas para diminuição das operações nos Estados Unidos, da Resia, e desalavancagem, mas fazem um alerta: juros mais altos podem afetar os resultados e o fluxo de caixa. Ainda assim, indica compra, com preço-alvo de R$17.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) considerou as vendas e a geração de caixa melhores que previsto. No entanto, o banco esclarece que “enquanto a construtora brasileira apresentou geração de caixa de R$ 266 milhões, quando ajustada para swaps e vendas de recebíveis, seria uma leve queima de caixa de ~R$ 7 milhões. As outras divisões da MRV apresentaram geração de caixa de R$ 16 milhões na Luggo e R$ 15 milhões na Urba”.
Apesar de ter enxergado a prévia melhor do que os dados recentes, os analistas do GS Jorel Guilloty e Igor Machado indicam recomendação neutra, com preço-alvo de R$8, pois consideram a alta alavancagem como um ponto de preocupação.
Recorde no volume de vendas líquidas em 2024
As vendas somaram R$ 2,6 bilhões no último trimestre, alta sequencial de 6%, enquanto a margem bruta de novas vendas atingiu 34%. No ano, as vendas líquidas da MRV Incorporação atingiram R$10,033 bilhões, maior volume registrado na história, o que representou um aumento de 17,4% em relação a 2023.
Os lançamentos da construtora somaram R$9,658 bilhões, incremento de 66,5% na mesma comparação. No total, foram 35.609 unidades produzidas pela companhia, alta de 13,2% frente o ano anterior.
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