Investing.com - O mercado futuro de Wall Street indicou abertura em queda nesta quinta-feira, com os investidores ainda digerindo a primeira coletiva de imprensa do presidente eleito, Donald Trump, e aguardando as diversas aparições de membros do Fed e o relatório de pedidos de seguro-desemprego marcados para hoje.
O Dow futuro, índice que engloba as principais empresas listadas na bolsa, caiu 41 pontos, ou 0,21%, às 9h48; o S&P 500 futuro recuou 6 pontos, ou 0,28%, enquanto que o Nasdaq 100 futuro, composto pelas maiores empresas de tecnologia do mercado, registrou queda de 13 pontos, ou 0,26%.
Trump não deu nenhum detalhe sobre suas políticas econômicas e fiscais em sua primeira coletiva formal ontem, decepcionando os participantes do mercado que esperavam informações sobre suas propostas de impulsionar o mercado dos EUA aumentando os gastos em infraestrutura e reformando o sistema tributário.
O dólar continuou recuando nesta quinta-feira, atingindo a mínima de um mês frente às maiores rivais, com os investidores mostrando dúvidas quanto à possibilidade de materialização das promessas de campanha de Trump.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda em relação a uma carteira ponderada de seis das principais moedas do mundo, chegou à mínima de 100,80, o menor nível desde 14 de dezembro.
O dólar enfraquecido elevou os preços do ouro para a máxima de sete semanas hoje, com o metal precioso atingindo uma máxima intradia de US$ 1.207,05, um nível inédito desde 23 de novembro.
Essas movimentações do mercado ocorreram antes de uma enxurrada de aparições de representantes de política monetária, que começará às 11h30 (horário de Brasília) nesta quinta, com discursos do presidente do Fed de Chicago Charles Evans e do presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker.
Evans falará sobre política econômica e monetária, já Harker focará no panorama da economia.
Logo em seguida, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, fará uma aparição às 15h30. Ele repetirá um discurso de 9 de janeiro, quando destacou que alguns fundamentos subjacentes, incluindo produtividade, investimento empresarial, e tendências das forças de trabalho, vêm restringindo o ritmo de crescimento da economia, mas insistiu que acredita que o Fed aumentará gradativamente as taxas de juros este ano.
O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, falará sobre a economia e políticas monetárias às 16h15, e o presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, se pronunciará às 16h45.
Após o fechamento dos mercados, a presidente do Fed, Janet Yellen, falará aos educadores de todo o país sobre a missão e as responsabilidades do sistema de Federal Reserve, entre 22h e 23h, em sua primeira aparição oficial em 2017.
Após seus comentários, Yellen responderá a perguntas de educadores do K-12 (educação primária e secundária) e de instituições de graduação nas áreas de economia, história e disciplinas relacionadas, que serão coletadas nos escritórios do Federal Reserve Bank de todo o país.
Os mercados continuam apostando em um primeiro aumento das taxas de juros para junho deste ano, e ainda não se convenceram de que o Fed fará três aumentos em 2017, acreditando em uma chance 32,1%, de acordo com o Monitor da taxa de juros do Fed da Investing.com.
Quanto aos dados econômicos, os investidores aguardam o relatório semanal de pedidos de seguro-desemprego e os preços de exportação para dezembro às 11h30.
Enquanto isso, os preços do petróleo continuam avançando nesta quinta-feira, com ganhos noturnos, após a Administração de Informações Energéticas dos EUA afirmar ontem que os estoques de petróleo surpreenderam e acrescentaram 4,1 milhões de barris, chegando a 483,1 milhões de barris na semana passada.
A queda do dólar também fortaleceu o ouro negro, já que a commodity, que é precificada em dólar, acaba ficando mais barata para compradores que operam com outras moedas.
Os investidores continuam de olho no acordo de corte de produção de petróleo, firmado entre os maiores produtores do mundo. O ministro de petróleo da Arábia Saudita insistiu que o país diminuiu a produção em mais do que o exigido no acordo e que a Opep considera ampliar a produção em maio, quando o acordo chegar ao fim.
O petróleo bruto futuro dos EUA avançou 1,09%, a US$ 52,82, às 9h49, no horário de Brasília, enquanto que o petróleo Brent registrou alta de 1,23%, a US$ 55,78.