Investing.com – A segunda estimativa para o crescimento do PIB dos EUA no segundo trimestre mostrou um aumento robusto de 3,0% em taxa anualizada trimestral.
Segundo os estrategistas do Bank of America (NYSE:BAC), o crescimento acima do esperado deveu-se principalmente a um aumento no consumo de 2,9%, em comparação com os 2,3% relatados anteriormente. Contudo, a maioria das outras categorias principais foi revisada para baixo.
"A economia americana continua contrariando os céticos", apontam os estrategistas. "O crescimento, embora mais lento em comparação ao ano passado, está ocorrendo de forma gradual."
Os dados de gastos pessoais de julho corroboram essa perspectiva, indicando um aumento sólido de 0,5% mês a mês em termos nominais. Paralelamente, o núcleo do índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que exclui itens mais voláteis, manteve-se estável no mês, com um leve aumento de 0,2% mês a mês e de 2,6% ano a ano.
"De forma geral, este relatório representa mais um passo na direção correta e está alinhado com um pouso suave", prossegue o BofA.
"Tanto o crescimento da renda quanto dos gastos estão operando em ou acima da tendência, enquanto a inflação tem mostrado sinais de moderação nos últimos meses." Embora a taxa de poupança pareça baixa, os estrategistas sugerem que isso pode estar se tornando a nova normalidade.
Com o foco voltado para o próximo relatório de empregos não agrícolas (payroll), espera-se que este reforce a expectativa de que o Federal Reserve realizará um corte nas taxas de juros em setembro.
"O payroll reassumiu sua posição como a divulgação de dados mais crítica para as ações", enfatizou a equipe do BofA.
Antecedendo esse relatório, o mercado de juros futuros (fed funds) projeta um corte de 100 pontos-base para o resto de 2024, indicando um ajuste considerável, típico de períodos recessivos. Apesar das preocupações com uma possível recessão, as ações têm mostrado valorização, aproximando-se de seus picos, com pequenas capitalizações e o S&P ponderado igualmente apresentando forte desempenho.
O principal risco para as ações nesta semana, segundo o BofA, seria um payroll mais aquecido do que o esperado, que poderia elevar as taxas de curto prazo.