Investing.com – Os principais índices futuros americanos operavam perto da estabilidade na manhã desta terça-feira, 3, após fechamento misto em Wall Street na sessão anterior.
O polêmico pacote salarial de Elon Musk, CEO da Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA), foi novamente rejeitado por uma juíza de Delaware, e o governo francês está à beira do colapso.
No Brasil, o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirma que os juros permanecerão altos por mais tempo e descarta intervenções da autarquia para segurar o câmbio. Além disso, o mercado ficará de olho nos números do PIB do 3º tri.
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Confira mais detalhes dos destaques que movimentam os mercados na manhã de hoje!
1. Futuros americanos estáveis após recordes do S&P 500 e Nasdaq
Os futuros das ações americanas operavam próximos à estabilidade nesta terça-feira, após o S&P 500 e o Nasdaq encerrarem a sessão anterior em máximas históricas. O Dow, por outro lado, recuou ligeiramente, mesmo após ultrapassar a marca dos 45.000 pontos em determinado momento.
Às 7h50 de Brasília, o Dow recuava 0,02%, enquanto o S&P 500 subia 0,02% e o Nasdaq 100 caía 0,04% no mercado futuro.
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
Os investidores aguardam os dados do relatório JOLTS sobre vagas de emprego, parte de uma série de indicadores do mercado de trabalho que antecedem o aguardado relatório de criação de empregos (payroll) de novembro, previsto para sexta-feira.
Também estão no radar discursos da governadora do Fed, Adriana Kugler, e do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee. Resultados trimestrais de empresas como Salesforce e Okta serão divulgados após o fechamento do mercado.
2. Juíza mantém decisão contra pacote salarial de Musk
As ações da Tesla caíam cerca de 1,4% no pré-mercado, após uma juíza de Delaware reafirmar a decisão contra o polêmico pacote salarial de Elon Musk, CEO da empresa. O acordo, avaliado em US$ 56 bilhões, é o maior da história corporativa dos EUA e vinha sendo questionado devido ao seu tamanho e estrutura.
Em decisão, a juíza Kathaleen McCormick afirmou que o conselho da Tesla "cedeu aos termos de Musk" em vez de buscar alternativas mais razoáveis. A empresa já anunciou que irá recorrer, enquanto Musk criticou o veredito como "corrupção absoluta".
3. França enfrenta colapso político iminente
Crescem os temores de que o governo do primeiro-ministro Michel Barnier esteja à beira do colapso, abalando os mercados franceses e a segunda maior economia da zona do euro. A crise foi desencadeada pela decisão de Barnier de aprovar um polêmico orçamento sem votação no Parlamento.
A proposta, que prevê cortes de gastos e aumentos de impostos no valor de 60 bilhões de euros (US$ 62,9 bilhões) para conter o déficit público, enfrenta oposição tanto da esquerda quanto da extrema direita. Investidores em títulos temem que uma queda do governo possa comprometer os esforços para reduzir os custos de financiamento do país.
4. Petróleo sobe com atenção à reunião da Opep+
Os preços do petróleo apresentaram alta nesta terça-feira, enquanto os traders aguardam a reunião da Opep+ ainda esta semana.
No momento da redação, o barril do Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), valorizava-se 0,89%, a US$ 72,47, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, subia 0,95%, cotado a US$ 68,77.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
O cartel, responsável por cerca de metade da produção global de petróleo, discute a possibilidade de reverter os cortes de produção até o primeiro trimestre de 2025, embora a perspectiva de um excedente na oferta pressione os preços. Analistas alertam que uma decisão de ampliar a produção poderia acentuar o excesso de oferta no mercado.
5. Galípolo descarta intervenção no câmbio
O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou ontem, em um evento em São Paulo, que a conjuntura econômica brasileira (atividade forte, desvalorização cambial e expectativas de inflação desancoradas) justifica uma política monetária mais restritiva, com juros mais altos, por mais tempo.
Além disso, esclareceu que sua gestão não utilizará as reservas internacionais do país para controlar o valor do dólar, fazendo intervenções apenas em situações de desequilíbrio no mercado.
Galípolo ressaltou que a prioridade do BC é reancorar as expectativas de inflação, descartando mudanças na meta atual de 3%, e defendeu os pilares do câmbio flutuante e reservas robustas para enfrentar desafios mundiais, como a desaceleração da China e a transição política nos EUA.
Daqui a pouco, às 9h, serão divulgados os números do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º tri, e a expectativa é que a economia brasileira tenha crescido 0,80% no período, abaixo do avanço trimestral anterior, de 1,40%.