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Estatais despencam com risco de intervenção política após Petrobras

Publicado 22.02.2021, 10:51
© Reuters.
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Atualizado às 11h28

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - As ações da Eletrobras (SA:ELET3), do Banco do Brasil (SA:BBAS3) e de outras estatais brasileiras despencavam nesta segunda-feira (22), com receios de que a interferência do governo no comando da Petrobras (SA:PETR4) possa ser estendida para outras empresas.

Perto das 11h25, os papéis preferenciais da Eletrobras caíam 5,26%, a R$ 27,72, enquanto os do Banco do Brasil recuavam 9,29%, a R$ 29,36. 

Agora há pouco, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender que “mudanças teremos no governo sempre que se fizer necessário", após, na sexta-feira (19), anunciar a recomendação de mudança no comando da Petrobras por conta dos recentes reajustes no preço dos combustíveis.

Ele também afirmou, no final de semana, que “mudança comigo não é bagrinho, é de tubarão”, dando abertura para a interpretação de que os comandos do Banco do Brasil e da Eletrobras também estariam sob ameaça de intervenção do governo.

Em janeiro, o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, segundo as agências de notícias, teriam interferido para defender a permanência do presidente do BB, André Brandão, após reclamações em relação à gestão do banco estatal vindas do Planalto.

“A mensagem de janeiro já era ruim, mas agora parece consolidado que a agenda do governo não tem muita coisa de liberal e que possíveis novas intervenções podem acontecer”, diz Leo Monteiro, analista da Ativa Investimentos.

Para ele, os papéis do Banco do Brasil já estão muito descontados justamente pelo risco político, mas que, agora, essa diferença em relação aos pares privados deve aumentar. “Numa tese de gestão eficiente, esse desconto reduziria por conta da extensa carteira de crédito, focada no rural. Mas ficou claro que uma reprecificação não irá acontecer na gestão Bolsonaro”.

Eletrobras e elétricas

Bolsonaro também disse durante o final de semana, em conversa com apoiadores, que irá “meter o dedo” na energia elétrica, por conta dos recentes aumentos nas tarifas. 

Luis Sale, estrategista-chefe da Guide Investimentos, aponta que os comentários colocam dúvidas não só para as estatais do setor, mas também para as distribuidoras privadas, que dependem de normas da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, para determinar os preços.

“Remete muito ao que aconteceu com a [ex-presidente] Dilma [Rousseff], quando mudou as regras do setor elétrico. Esse comentário vem à tona em meio ao IGP-M mais alto, com um risco agora de que esse reajuste das tarifas possa não acontecer”, aponta.

Perto das 11h25, os papéis das privadas Neoenergia (SA:NEOE3), Equatorial (SA:EQTL3) e Energisa (SA:ENGI4) caíam perto de 4%, enquanto as estatais Cemig (SA:CMIG4) e Copel (SA:CPLE6) caíam 5% e 3,12%, respectivamente.

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