ROMA (Reuters) - O maior banco da Itália, Intesa Sanpaolo (BIT:ISP), pediu desculpas neste domingo pela constrangedora falha de segurança que, segundo reportagens, teve como alvo a primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, e outras figuras importantes.
O jornal Domani publicou reportagem na quinta-feira mostrando que um funcionário da Intesa foi demitido depois que se descobriu que ele espionou contas bancárias de centenas de clientes, incluindo Meloni.
“Como divulgado, um funcionário desleal de nosso banco, por meio de uma conduta que violou leis, regulamentos e procedimentos internos, acessou de forma injustificável dados e informações referentes a alguns clientes”, disse o Intesa em comunicado.
“Notificamos a Autoridade de Proteção de Dados, demitimos o funcionário desleal e apresentamos uma queixa como parte lesada. Lamentamos profundamente o ocorrido e pedimos desculpas. Isso nunca mais deve acontecer”, acrescentou.
Meloni comentou o incidente em uma entrevista no sábado ao programa de notícias TG5, dizendo esperar que o judiciário investigue o ocorrido e qualquer possível conspiração por trás disso.
"Acho que há funcionários dos setores público e privado que pegam informações ilegalmente e as vendem... para quem estão vendendo? Essa é a resposta que estamos esperando, presumivelmente há interesses por trás disso", disse ela.
No sábado, fontes do Intesa disseram que o banco nomearia um alto funcionário aposentado da força policial Carabinieri, Antonio De Vita, para supervisionar a segurança cibernética e os serviços de segurança da empresa.
(Reportagem de Alvise Armellini)