Investing.com – As ações da companhia aérea Azul (BVMF:AZUL4) amargaram uma perda de 78,51% no acumulado de 2024, sendo destaque negativo entre as empresas que fazem parte do índice da bolsa de valores brasileira Ibovespa. Ainda que esteja avançando na reestruturação de dívidas, analistas seguem cautelosos com as perspectivas para a ação.
No mês de agosto, matéria da Bloomberg News indicou que a companhia buscava opções para pagamento de dívidas, com preferência para um follow-on. Fontes ouvidas pela rede de notícias disseram que um Chapter 11 deveria ser evitado, mas os riscos indicados na publicação levaram à queda expressiva nas ações.
Em outubro, no seu processo de reestruturação, a empresa captou US$ 500 milhões em nova emissão. Além disso, acordo firmado pela Azul com arrendadores deve reduzir a dívida em R$ 3 bilhões, em troca de 100 milhões de ações preferenciais. Em dezembro, a empresa anunciou lançamento de ofertas de troca de dívida como parte da implementação de suas transações de reestruturação e recapitalização.
Próximos passos para a ação
O foco da última reunião ampliada com investidores, o Azul Day, esteve no impacto da volatilidade do dólar e na renegociação da dívida de leasing, segundo a Genial Investimentos.
“Apesar da pressão do dólar mais alto, a empresa melhorou seu cenário financeiro. Devido a negociação a um múltiplo ainda abaixo da média histórica, reiteramos nossa recomendação de manter para o papel”, apontam os analistas em relatório do início deste mês.
Além da gestão de passivos, o banco BTG (BVMF:BPAC11) espera que os investidores direcionem as atenções para os impactos do câmbio no fluxo de caixa e na demonstração de resultados da empresa, no uso do programa de ajuda financeira do governo que fornece linhas de crédito, assim como potenciais combinações de negócios com a Abra.
“Embora as iniciativas de gestão de passivos anunciadas sejam um desenvolvimento positivo, permanecemos neutros em relação à Azul devido à contínua volatilidade cambial e à elevada alavancagem”, destacaram os analistas do banco em relatório recente.
O mercado monitora possível fusão entre as concorrentes Azul e Gol (BVMF:GOLL4), em meio ao processo de ajustes das companhias aéreas, que firmaram acordos com credores. Tanto a Azul quando a Gol reestruturam suas contas após a pandemia de covid-19, que afetou o setor a nível global. Além da Gol, entraram com pedidos de Chapter 11, referente à recuperação judicial nos Estados Unidos, empresas como Avianca, Latam e Grupo Aeromexico.
Ação pode subir?
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