Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em baixa nesta quinta-feira, já que investidores faziam uma pausa após os ganhos prévios sustentados pela proposta de reforma tributária e aguardavam a segunda revisão do PIB dos EUA e dados do mercado de trabalho.
O blue chip futuros do Dow oscilava 20 pontos, ou 0,09%, às 08h06, os futuros do S&P 500 caíam 2 pontos, ou 0,08%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 perdia 7 pontos ou 0,11%.
O tão esperado plano de reforma tributária de Donald Trump, presidente norte-americano, sustentou ganhos na terça-feira uma vez que o enquadramento proposto reduz as alíquotas de impostos corporativos de 35% para 20% conforme era esperado.
Apesar do otimismo do mercado, a proposta ainda enfrentará uma batalha árdua no Congresso, com o partido Republicano dividido em relação a ela e o partido Democrata contrário.
"Sem detalhes suficientes sobre como ou mesmo se esses cortes de impostos serão integralmente compensados, esse esboço não é nada mais que uma fantasia fiscal", observou o Comitê para um Orçamento Federal Responsável.
Economistas do ING observaram que "o comunicado não acrescentou nada ao que já sabíamos".
"O que era para ser um 'relatório muito abrangente' foi escasso nos detalhes cruciais sobre os quais os mercados norte-americanos anseiam fazer qualquer avaliação significativa da possibilidade de um plano tributário de Trump ser transformado em lei de maneira satisfatória e seu impacto econômico geral", explicaram.
De forma não muito diferente das ações, o dólar também reduzia os ganhos nesta quinta-feira, já que participantes do mercado avaliavam o plano tributário.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava em torno de 0,18% para 93,10 às 08h07, descolando-se de 93,50, máxima atingida mais cedo nesta quinta-feira, nível mais forte desde 23 de agosto.
Os rendimentos dos títulos norte-americanos subiam, embora reduzissem os ganhos prévios nesta quinta-feira, com o rendimento nos {23701|títulos com vencimento em dois anos}} recuando da máxima de nove anos de quase 1,5% enquanto o rendimento do título com vencimento em 10 anos também recuava de quase 2,36%, seu nível mais alto em mais de dois meses.
Esses movimentos do mercado ocorriam na quinta-feira enquanto investidores aguardavam os números finais do crescimento do PIB dos EUA no segundo trimestre às 09h30. Os dados deverão mostrar que a economia cresceu em taxa anual de 3,0% no trimestre de abril a junho, melhorando a partir do crescimento de 1,4% no primeiro trimestre.
Ao mesmo tempo, os dados semanais sobre os pedidos iniciais de seguro-desemprego serão também divulgados.
Sobre o banco central, Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston, defendeu um aumento "regular e gradual" das taxas de juros.
Ainda nesta quinta-feira, comentários de Stanley Fischer, vice-presidente prestes a deixar a instituição, chamarão a atenção ao serem feitos às 11h15. Esther George, presidente do Fed de Kansas City, e Raphael Bostic, dirigente do Fed de Atlanta, também estão na agenda.
Enquanto isso, preços do petróleo subiam nesta quinta-feira, com a referência norte-americana atingindo o território do mercado em alta devido a esperanças contínuas de que o mercado está começando a se reequilibrar.
Sem notícias aparentes a serem consideradas, alguns investidores sugeriram que as perdas prévias foram eliminadas quando programas de compra automatizados começaram a operar quando os preços atingiram o nível de US$ 51,90.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA ganhavam 1,00%, atingindo US$ 52,56 às 08h07, enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,57%, com o barril negociado a US$ 57,90.