Investing.com – Com a expectativa de que a meta de inflação não seja cumprida novamente em 2023 em meio a pressões nos preços, a XP (BVMF:XPBR31) reforçou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado a orientação de alocação em títulos IPCA+, públicos ou privados.
Segundo as analistas Camilla Dolle, Mayara Rodrigues e Natalia Moura, esses títulos ajudam o investidor na proteção contra as pressões inflacionárias dos próximos anos, principalmente se mantidos até o vencimento. “Além disso, o patamar de juro real atual oferecido é consideravelmente elevado, representando boa oportunidade de retorno às carteiras”, afirma a XP. As analistas apontaram três fatores que reforçam essa visão:
1. Previsões não acertam sempre
Historicamente, a inflação tem sido maior do que a projetada pelo consenso dos economistas apontado pelo Banco Central no Boletim Focus. No entendimento da XP, como é complexo acertar ou prever o indicador, é importante alocar em títulos que protejam contra choques.
2. CDI não é a melhor opção para ganhos superiores à inflação
A XP aponta que um título público indexado à inflação (NTN-B) com vencimento em 2035 paga juro real de cerca de 6,3%, quase o dobro do rendimento real médio em CDI dos últimos 15 anos. Caso o investidor leve o ativo até o vencimento, há previsibilidade deste retorno real mesmo no momento da aplicação. A XP alerta, no entanto, para a volatilidade no curto prazo com a marcação a mercado.
3. Cenário favorável a esse tipo de investimento
Com risco fiscal e tratativas a respeito de uma possível mudança na meta de inflação, a situação do indicador pode se deteriorar, na visão da XP. Além disso, a reabertura chinesa tende a impulsionar preços de commodities. “A visão, portanto, é de que os preços devem se acomodar, ainda que em um patamar mais elevado”, completa a XP.