Investing.com – A economia brasileira enfrenta uma série de desafios, incluindo o cenário fiscal, expectativas inflacionárias desancoradas e desvalorização do câmbio. No entanto, em momentos difíceis, também surgem oportunidades. É o que aponta em relatório o banco Santander (BVMF:SANB11), que espera projeta o Ibovespa a 145 mil pontos no final de 2025.
“O recente pacote de cortes de gastos do governo foi visto como insuficiente para estabilizar a trajetória da dívida em relação ao PIB, levando a um aumento da ansiedade dos investidores”, argumentam os analistas Aline de Souza Cardoso, Luane Fontes e Guilherme Bellizzi Motta.
Os especialistas citam ainda aumento da complexidade com o anúncio do governo de que pretende aumentar o limite de isenção de imposto de renda (IR) para quem ganha até R$5 mil mensais e criar um novo imposto para quem possui rendimentos elevados.
Com esse cenário, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa de juros Selic em 100 pontos base em dezembro e antecipou mais dois aumentos nas próximas duas reuniões, o que pode pressionar as ações brasileiras.
Além disso, a alta nos juros pode elevar a um “abrandamento da atividade econômica, a redução das despesas de capital e o aumento das dificuldades financeiras das empresas altamente alavancadas”, de acordo com o Santander.
Mas quais empresas podem prosperar em tempos difíceis?
As ações brasileiras estariam subvalorizadas, de acordo com o Santander, que pondera para um desafio: inverter a tendência negativa sem medidas mais robusta do governo. Inflação e taxas de juros mais altas e menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) devem marcar o ano de 2025.
Os ativos locais devem seguir fracos no próximo ano, com breves recuperações e períodos de estabilização, além de possíveis saídas de capital de clientes institucionais, enquanto investidores estrangeiros também estariam hesitantes a respeito de mercados emergentes, lamentam os analistas.
“Acreditamos que, quando o cenário macroeconômico é tão desafiador como o atual, em vez de nos basearmos em análises top-down para orientar as nossas decisões de investimento, estamos a recorrer a uma perspectiva bottom-up para descobrir empresas que possam resistir a este ambiente macroeconómico difícil”.
Assim, o Santander trouxe duas abordagens. Considerando a criação de valor, quais empresas geram um EVA positivo com um custo médio ponderado de capital (WACC, na sigla em inglês) de dois dígitos, estariam WEG (BVMF:WEGE3), Ambev (BVMF:ABEV3), Direcional (BVMF:DIRR3), BRF (BVMF:BRFS3), Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), Porto Seguro (BVMF:PSSA3), Raia Drogasil (BVMF:RADL3), Totvs (BVMF:TOTS3), Vivara (BVMF:VIVA3) e SLC Agrícola (BVMF:SLCE3).
A outra análise indica vencedores do poder de fixação de preços, que seriam empresas que podem prosperar em um ambiente de alta inflação: Raia Drogasil (BVMF:RADL3), Lojas Renner (BVMF:LREN3), Iguatemi (BVMF:IGTI11), Cyrela (BVMF:CYRE3), Ambev e Multiplan (BVMF:MULT3).
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