Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes confirmou nesta terça-feira a validade de acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, segundo a assessoria de comunicação do STF.
Após três horas de audiência, Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes, informou o tribunal.
Moraes havia convocado Cid para comparecer ao Supremo nesta quinta após a Polícia Federal ter apontado que o ex-auxiliar de Bolsonaro teria descumprido cláusulas do acordo de delação firmado com a corporação em meados do ano passado.
Cid corria o risco de perder os benefícios da colaboração, como não ficar preso preventivamente e, como substituição de medida cautelar, usar tornozeleira eletrônica.
A reportagem tentou contato com o advogado de Cid, mas não obteve retorno.
O ex-ajudante de ordens é uma das 37 pessoas que foram indiciadas nesta quinta-feira por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes, juntamente com Bolsonaro.