Investing.com – A petroleira Petrobras (BVMF:PETR4) continua como top pick na cobertura do BTG (BVMF:BPAC11), diante de dividendos robustos que mais do que compensariam os riscos. O banco reforça que acredita nos mecanismos de governança corporativa da empresa, mas alerta que a tese estaria em risco se houvesse mudança nesta direção, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta, 22 de janeiro.
A indicação do BTG é de compra, com preço-alvo de US$20 para American Depositary Receipts (ADRs).
Os rendimentos de dividendos (DY, na sigla em inglês) devem chegar a 12% em 2025, segundo o banco, que estima 14% considerando os dividendos extraordinários.
O percentual representa uma assimetria positiva frente às projeções de preços do petróleo, câmbio e produção, segundo o banco, que enxerga ainda “um perfil de mix de produção que deverá melhorar até 2030 e aumentar os ROIC da empresa”.
Preços podem aumentar?
A atual estratégia de banda de preços permite que a empresa tenha maior flexibilidade para proteger os consumidores da volatilidade – seja ela causada por instabilidades macroeconômicas ou geopolíticas.
Com desconto nos preços dos combustíveis frente à paridade de importação, diante da elevação na cotação do petróleo, spreads globais e depreciação do real frente ao dólar, crescem as especulações sobre possíveis aumentos nos preços.
O desconto do diesel estaria em 18%, enquanto o da gasolina em 11%. O BTG entende, no entanto, que a empresa deve seguir com bom desempenho, praticamente independentemente dos aumentos de preços. “Os atuais preços macro spot oferecem assimetria positiva para nossas previsões”, reforçam os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez, que entendem que um catalisador da elevação de preços pode ser o risco de escassez de combustível.
Governança em foco
A tese de investimentos é favorável para a petroleira, mas a situação pode mudar e depende dos mecanismos de governança corporativa. O banco entende que estes mecanismos devem seguir intactos, mas alerta sobre os riscos se este não for o caso.
“Para nós, tanto os estatutos da empresa quanto a lei das estatais são as principais razões pelas quais a PBR continua a ajustar seus preços e porque, apesar do ruído político, o governo não tem sido capaz de interferir em tais decisões a ponto de causar danos à empresa”, conclui o banco, reforçando que mudanças trariam um risco para a visão sobre a petroleira.
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