Investing.com – O euro registrou forte queda frente ao dólar na quinta-feira, 12, em uma reação que alguns consideraram exagerada ao índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA, que veio levemente acima do esperado.
No momento da publicação, a moeda europeia era negociada em torno de US$ 1,0522, depois de perder a mínima de US$ 1,0525 à noite, mesmo com os dados de inflação americana ficando apenas um pouco acima do esperado.
O IPC anual foi de 3,7%, ante 3,6% esperados na base anual e em 0,4% ante 0,3% esperados na base mensal, com o núcleo do indicador (que exclui alimentos e energia) confirmando o consenso em 4,1% na base anual e 0,3% na base mensal.
É importante notar que o impacto nas expectativas para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) foi bastante limitado, com o {frl||Monitor da Taxa de Juros do Fed do Investing.com}} indicando uma probabilidade de menos de 10% de elevação das taxas em 1º de novembro, um número semelhante ao do dia anterior.
Por outro lado, o mercado agora estima que há uma chance de 1 em 3 de que o Fed suba os juros em dezembro, o que teve um impacto positivo no rendimento do título de 10 anos dos EUA - assim como em outras faixas das Treasuries -, favorecendo a alta do dólar.
Outro fator que impulsionou a moeda americana e a queda do euro foram os números de pedidos de seguro-desemprego, que ficaram abaixo das expectativas, mas ainda indicando um mercado de trabalho forte.
Análise técnica do euro
Cabe ressaltar, contudo, que a queda do euro também pode ter sido motivada por fatores técnicos.
Como mostra o gráfico abaixo, a queda de ontem ocorreu depois que a moeda europeia testou uma linha de tendência de baixa visível desde o verão local passado, bem como uma antiga resistência que virou suporte em torno de 1,0635.
Se a queda persistir, o importante nível psicológico de 1,05 e a mínima deste ano, logo abaixo de 1,0450, serão os primeiros suportes potenciais a serem observados.
Por fim, se o euro conseguir se recuperar, 1,06 será o primeiro obstáculo, antes da resistência em 1,0635, seguida por 1,07. Mais acima, a zona de 1,0760, depois 1,08 e a convergência das médias móveis de 100 e 200 dias em 1.0823-32 serão as próximas barreiras.