Investing.com - O dólar iniciou em queda uma semana repleta de indicadores econômicos, enquanto a libra esterlina se valorizava com a recuperação da confiança dos consumidores no Reino Unido.
Às 8h30 de Brasília nesta segunda-feira, 27, o Índice Dólar, que compara a moeda americana a uma cesta de seis importantes divisas, recuava 0,11% para 103,29, caminhando para um declínio mensal de cerca de 3%, o pior em um ano.
PCE pode confirmar o fim do ciclo de alta do Fed?
O dólar ficou sob pressão durante a maior parte deste mês, devido ao aumento das expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pudesse iniciar um ciclo de corte de juros no próximo ano, após encerrar a campanha de aperto no início deste mês.
Essas expectativas foram alimentadas pela estabilidade da inflação ao consumidor em outubro, e os investidores aguardam outro relatório de preços nos EUA na quinta-feira, a fim de confirmar a tese de fim da política de aperto monetário no país.
A projeção é que o índice de gastos com consumo pessoal, indicador de inflação preferido do Fed, avance 0,1% em novembro, uma desaceleração em relação aos 0,4% de setembro, que igualou o aumento de agosto.
A inflação básica, que exclui os preços de alimentos e energia e é vista como um melhor indicador da inflação subjacente, deve ter acelerado 3,5% na comparação anual.
Libra esterlina se fortalece com melhora da confiança do consumidor
Na Europa, a libra subia 0,1% contra o dólar, para 1,2616, atingindo o maior patamar em mais de dois meses, impulsionada por um índice de confiança do consumidor na sexta-feira, que mostrou que os britânicos ficaram mais otimistas sobre as perspectivas da economia e suas finanças pessoais neste mês.
O Banco da Inglaterra manteve os juros estáveis pela segunda reunião consecutiva no início deste mês, com a inflação recuando para 4,6% em outubro, de mais de 11% há pouco mais de um ano.
No entanto, baixar a inflação para a meta de 2% do banco central será "desafiador", na visão do presidente da instituição, Andrew Bailey, em uma entrevista publicada nesta segunda, já que a maior parte da queda recente foi devida à reversão do aumento dos preços de energia no ano passado.
O euro avançava 0,1%, para 1,0941, com a melhora do ânimo entre os exportadores alemães em novembro, segundo uma pesquisa do instituto econômico Ifo divulgada na segunda-feira.
O índice de expectativas de exportação do instituto subiu para -3,8 pontos em novembro, de -6,3 pontos em outubro.
"No entanto, a economia exportadora ainda não está conseguindo ganhar tração", declarou Klaus Wohlrabe, diretor-geral de pesquisas do Ifo. "As empresas alemãs ainda têm pouco a se beneficiar do crescimento econômico em muitos países."
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a maior economia da Europa contraiu 0,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.
Yuan se enfraquece antes de dados importantes do PMI
Na Ásia, o yuan recuava 0,1%, para 7,1547 contra o dólar, após uma taxa de câmbio diária um pouco mais baixa pelo Banco Popular da China.
Os lucros das empresas industriais da China aumentaram pelo terceiro mês consecutivo em outubro, mas em um ritmo mais lento, mostraram dados na segunda-feira, mas todos os olhos desta semana estão voltados para os dados do índice de gerentes de compras de novembro, na quinta-feira, para mais sinais sobre a atividade empresarial.
O iene operava em alta de 0,2%, contra a moeda americana, a 149,08, com a divisa japonesa entre as de melhor desempenho do dia, à espera de dados de produção industrial e vendas no varejo, previstos para esta semana.
O dólar australiano subia 0,3%, para 0,6600, antes de dados importantes de inflação e vendas no varejo a serem divulgados ainda nesta semana. A presidente do banco central do país, Michele Bullock, também deve se pronunciar esta semana.