Investing.com – O dólar recuperou terreno nesta quarta-feira e afastou-se da mínima de sete semanas, com os investidores aguardando um discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, enquanto que a libra perdeu força, anulando parte da forte valorização da sessão anterior.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda em relação a uma carteira ponderada de seis das principais moedas do mundo, avançou 0,25%, marcando 100,52, depois de chegar à mínima de 100,47 nesta terça-feira, o menor nível desde 8 de dezembro.
A moeda americana apresentou queda após Donald Trump, presidente americano eleito, afirmar que o dólar estava forte demais.
Em uma entrevista publicada no site do Wall Street Journal nesta segunda-feira, Trump disse que as empresas americanas não podem competir com a China "porque nossa moeda está forte demais. E está prejudicando a todos nós."
O dólar se valorizou em relação ao iene, com o par USD/JPY subindo 0,51%, a 113,17, após recuar até a mínima de sete semanas de 112,58.
Os investidores aguardam um discurso da presidente do Fed em São Francisco ainda nesta quarta-feira, o que pode oferecer novos indícios da direção da política monetária.
Nesta terça-feira, o presidente do Fed de São Francisco, John Williams, pediu aumentos graduais da taxa de juros americana nos próximos anos.
O diretor do Fed, Lael Brainard, afirmou, no mesmo dia, que o Fed pode aumentar as taxas de forma mais agressiva se o déficit das contas públicas do governo Trump estimularem a inflação.
Os mercados também aguardam o relatório de inflação dos EUA de dezembro, cuja expectativa é de aumento de 0,3%, após crescimento de 0,2% em novembro.
O euro registrou queda, com o par EUR/USD recuando 0,19%, sendo negociado a US$ 1,0693.
A libra também caiu, com o par GBP/USD retraindo 0,65%, marcando US$ 1,2327.
O par encerrou a última sessão com valorização de 3,03%, o maior ganho percentual em um dia desde janeiro de 2009, após a premiê britânica, Theresa May, detalhar seus planos para o Brexit.
May confirmou que a ilha deixará o mercado comum quando sair da União Europeia, mas que buscará o máximo de acesso a ele com um novo acordo comercial.
May ainda pontuou que o acordo final do Brexit será submetido ao Parlamento para votação.