Por Mayank Bhardwaj e Rajendra Jadhav
NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia irá lançar um plano de 110 bilhões de rúpias (1,48 bilhão de dólares) para impulsionar a produção doméstica de oleaginosas, visando tornar o país autossuficiente em óleos vegetais, disse o primeiro-ministro Narendra Modi nesta segunda-feira, em movimento que reduziria as custosas importações dos produtos.
A Índia é a maior importadora de óleos vegetais do mundo, gastando em média de 8,5 bilhões a 10 bilhões de dólares por ano com as aquisições.
O país produz menos de metade dos cerca de 24 milhões de toneladas de óleos vegetais que consome anualmente. O restante é importado, com compras de óleo de palma de Indonésia e Malásia, óleo de soja de Brasil e Argentina e óleo de girassol de Rússia e Ucrânia.
A Índia exporta commodities agrícolas como açúcar e arroz para os mercados globais, mas a produção local de oleaginosas é, em média, quase seis vezes menor do que a de arroz e trigo.
"O governo investirá mais de 110 bilhões de rupias por meio da Missão Nacional de Oleaginosas e Óleo de Palma para fornecer aos produtores tudo o que for possível, incluindo melhores sementes e tecnologias", disse Modi pelo Twitter.
"Em momento em que a Índia emerge como uma grande exportadora de produtos agrícolas, não devemos depender de importações para nossas necessidades de óleos vegetais", acrescentou o primeiro-ministro.