O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Ricardo Tili pediu vista do processo que deve obrigar seis distribuidoras a aportar R$ 10,25 bilhões. A discussão voltou à pauta nesta terça-feira, 3, após o retorno de outro pedido de vista que havia sido feito pela diretora Agnes da Costa. O cálculo para aporte ainda pode ser revisado.
De acordo com os números já apresentados, a Enel (BIT:ENEI) Rio poderá ser obrigada a fazer um aporte de R$ 2,8 bilhões, e a Light (BVMF:LIGT3), R$ 4,3 bilhões.
Em paralelo, são esperados R$ 1,1 bilhão da Neoenergia (BVMF:NEOE3) Brasília; R$ 124 milhões da Neoenergia Pernambuco; R$ 1,5 bilhão da Energisa (BVMF:ENGI11) Rondônia; e R$ 430 milhões da Energisa Acre.
Os valores são necessários, de acordo com o regulador, para reverter o descumprimento dos critérios de eficiência na gestão econômico-financeira referentes aos anos civis de 2022 e 2023.
Pela previsão contratual e regimental, o descumprimento poderá ser revertido mediante aportes de capital voltados à redução da dívida líquida das companhias. Já há entendimento da diretoria para obrigar o aporte. A discussão é com o prazo.
O diretor relator do processo, Fernando Mosna, já havia votado pelo prazo de 90 dias, em reunião no dia 12 de novembro.
Ele indicou nesta terça que mudaria o voto e alinharia o entendimento com a diretora Agnes da Costa, que votou pelo prazo de 180 dias, contados a partir de 12 de novembro.
O diretor-geral, Sandoval Feitosa, também acompanhou esse entendimento.
Ao pedir vista, Ricardo Tili falou na necessidade de estudar melhor as deliberações e não indicou prazo para o retorno à pauta.