Por David Lawder e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional deve debater o futuro de Kristalina Georgieva como chefe da instituição nesta sexta-feira, diante de seu suposto papel em um escândalo de manipulação de dados no Banco Mundial, com expectativa de que alguns governos europeu apoiem ela, disseram pessoas familiarizadas com a questão.
Um relatório investigativo alegou que quando Georgieva era executiva-chefe do Banco Mundial em 2017 ela aplicou "pressão indevida" sobre os funcionários do banco para fazer mudanças em dados no relatório "Doing Business" para melhorar o ranking de clima de negócios da China.
O conselho do FMI está revisando as afirmações e realizou nesta semana horas de entrevistas tanto com Georgieva quanto com advogados da WilmerHale, empresa contratada pela diretoria do Banco Mundial para investigar irregularidades em dados associadas ao relatório.
Georgieva tem negado fortemente as alegações e seu advogado afirma que a investigação da WilmerHale viola as regras para os funcionários do Banco Mundial e negou a ela uma oportunidade de responder às acusações, afirmação que a WilmerHale contesta. O conselho do FMI deve retomar as deliberações sobre o caso nesta sexta.
(Reportagem adicional de Leigh Thomas em Paris e Bart Meijer em Amsterdã)