Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - Os futuros da soja na bolsa de Chicago caíram em uma sessão agitada e de baixo volume nesta segunda-feira, já que a fraqueza no mercado de energia e as previsões de clima ameno para a safra brasileira de oleaginosas pesaram sobre os preços, segundo analistas de mercado.
Os futuros do trigo se firmaram em uma recuperação técnica das perdas da semana passada, e depois que a consultoria agrícola Sovecon disse que as exportações russas de trigo do próximo ano cairiam drasticamente devido a uma colheita ruim e aos baixos estoques de passagem.
Enquanto isso, os futuros do milho fecharam em alta, impulsionados por perspectivas climáticas mistas na Argentina e com os investidores definindo posições finais antes do feriado de Natal na quarta-feira.
O trigo mais ativo da bolsa de Chicago (CBOT) fechou em alta de 7,5 centavos, 5,405 dólares o bushel. A soja encerrou a sessão com queda de 3,75 centavos, a 9,755 dólares o bushel, enquanto o milho subiu 1,5 centavo, a 4,4775 dólares o bushel.
Embora os volumes de negociação tenham sido relativamente baixos durante todo o dia, a fraqueza dos mercados de energia exerceu alguma pressão sobre os futuros do milho e da soja no início do dia, disse Karl Setzer, sócio da Consus Ag Consulting.
O fortalecimento do dólar americano, em comparação com a fraqueza do real brasileiro, também pesou sobre os mercados de milho e soja, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities, sediada em Iowa.
O real caiu 1,4% em relação ao dólar nesta segunda-feira, perdendo ganhos obtidos na sexta-feira, quando a intervenção do banco central ajudou a moeda a sair de mínimas históricas.
"Os operadores sabem que o ímpeto da colheita começará a se intensificar na América do Sul a partir de janeiro", disse Roose. "Portanto, com o real em baixa e o dólar em alta, isso dá à safra da América do Sul a vantagem sobre a dos Estados Unidos."
(Reportagem adicional de Michael Hogan, em Hamburgo, e Mei Mei Chu, em Pequim)