Por Renee Hickman
CHICAGO (Reuters) - Os futuros do milho e da soja em Chicago caíram em relação aos picos de vários meses registrados na sessão anterior, nesta quarta-feira, devido à realização de lucros e às previsões de chuvas oportunas para a Argentina, disseram analistas.
Enquanto isso, a notícia de que a China, o maior comprador de soja do mundo, parou de receber embarques de soja brasileira de cinco empresas depois que as cargas não atenderam às exigências fitossanitárias também pesou sobre os mercados, disseram os analistas.
O contrato de milho mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) caiu 5,75 centavos, a 4,8425 dólares, tendo anteriormente atingido seu maior pico desde 6 de dezembro de 2023.
O contrato de soja mais ativo na CBOT caiu 11,25 centavos, a 10,56 dólares o bushel, tendo atingido seu ponto mais alto desde 26 de julho.
O trigo acompanhou a queda do milho e da soja, mas encontrou apoio nas preocupações com o frio severo nos cinturões de cultivo dos EUA, com riscos de morte no inverno nesta quarta-feira para o trigo vermelho macio de inverno em partes da região central dos EUA, de acordo com o Commodity Weather Group.
O trigo CBOT caiu 4,75 centavos, a 5,54 dólares por bushel. No início da sessão, atingiu o ponto mais alto desde 11 de dezembro.
As quedas nos futuros da soja e do milho nesta quarta-feira podem ser atribuídas, em grande parte, a correções técnicas, disse Karl Setzer, sócio da Consus Ag Consulting, com alguma realização de lucros após as altas de terça-feira.
Os operadores também estavam monitorando as perspectivas climáticas na América do Sul, disse Randy Place, analista da Hightower Report, com as previsões indicando chuvas nos cinturões de safra argentinos ressecados na próxima semana.
(Reportagem de Renee Hickman em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Peter Hobson em Canberra)