Os preços da prata dispararam para o seu nível mais alto em mais de uma década, atingindo 32,71 USD por onça na quinta-feira, um pico não visto desde dezembro de 2012. O metal precioso teve um aumento significativo, subindo mais de 35% em 2024, superando outros metais em sua categoria. Esta valorização é atribuída ao forte desempenho do ouro e às novas medidas de estímulo da China, que incluem a maior injeção financeira desde a pandemia de COVID-19.
O recente anúncio de medidas substanciais de estímulo pelo banco central chinês e a antecipação de um corte em sua taxa de recompra reversa de sete dias estão contribuindo para a tendência de alta nos metais industriais. O anúncio de estímulo desta semana segue a decisão do Federal Reserve dos EUA na semana passada de reduzir as taxas de juros em meio ponto percentual.
Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, observou que o estímulo chinês é particularmente benéfico para a prata, um metal que os traders estavam esperando por tal impulso. Hansen também sugeriu que a força contínua do ouro, juntamente com preços estáveis ou mais altos dos metais industriais, poderia levar a prata a superar o desempenho do ouro.
Ele previu um potencial de superação de 10% na prata à medida que a relação ouro/prata, que mede quantas onças de prata uma onça de ouro pode comprar, se estreita para a faixa de 70 a 75.
O analista da Citi, Max Layton, prevê uma perspectiva otimista para a prata, projetando uma alta para 35 USD nos próximos três meses e 38 USD no período de seis a doze meses. O otimismo de Layton baseia-se na crença de que a atividade global será estimulada por cortes nas taxas de juros, apoiando o consumo de prata.
Por outro lado, a Macquarie prevê que os déficits do mercado de prata continuarão pelos próximos cinco anos, enfatizando que os fluxos de investidores, particularmente através de participações em ETFs, desempenharão um papel crucial nos movimentos de preços de curto prazo do metal.
Apesar da atual valorização, alguns analistas alertam que a tendência de alta pode não ser sustentável. Hamad Hussain, economista assistente de clima e commodities da Capital Economics, aponta que as últimas medidas econômicas da China podem não ser suficientes para reverter as tendências de crescimento, e o mercado pode estar superestimando a probabilidade de novos cortes nas taxas do Federal Reserve.
Hussain espera que alguns dos atuais impulsionadores da demanda por prata enfraqueçam, potencialmente levando a uma estabilização ou declínio nos preços da prata nos próximos meses.
Além disso, a desaceleração do crescimento da produção industrial da China para o nível mais baixo em cinco meses em agosto destaca os desafios da enfraquecida demanda doméstica na segunda maior economia do mundo. Isso pode representar riscos de curto prazo para o mercado de prata.
Carsten Menke, analista do Julius Baer, expressou um ponto de vista de que o desempenho da prata a médio e longo prazo está mais estreitamente ligado à trajetória do ouro do que a fatores específicos do mercado de prata. Essa relação entre os dois metais preciosos é um aspecto-chave a ser observado à medida que o mercado continua a evoluir.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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